Detalhes políticos do Anarquismo
Por Victor Palandi
Com manifestações cada vez mais constantes contra o governo e um avanço de outras correntes de governo e de sistema econômico que têm ganhado a mídia, a curiosidade e a confusão aparecem.
Uma grande dúvida que surge na cabeça da população é: o que é o anarquismo? Afinal de contas, capitalismo, comunismo e socialismo são conceitos mais difundidos e conhecidos pela população, ao contrário do anarquismo, do qual sempre se falou muito pouco.
Está com dúvidas? Não saia daqui e continue lendo. Explicaremos de forma breve e simples o significado da palavra e aquilo que ela envolve enquanto sistema político.
Resumo:
O que é o anarquismo?
O anarquismo é um sistema político que defende a anarquia. Ou seja, é um sistema que busca o fim do Estado e da sua autoridade. Ele prega a eliminação de qualquer forma de governo compulsório.
Em resumo é isso. Mais para frente explicaremos um pouco mais como tudo isso – em teoria – funciona. Basicamente é o estado político em que se entende que a política, a constituição, o direito e as leis não só deixam de existir, como deixar de ter razão para existir.
A anarquia é a representação do estado da sociedade ideal, em que o bem comum seria o resultado de uma decisão conjunta, levando em conta o interesse de cada membro da comunidade.
A teoria política do anarquismo rejeita a existência de um poder estatal e que acredita que a convivência entre as pessoas de uma comunidade é simplesmente determinada pela vontade e pela razão de cada uma delas.
No anarquismo a destruição radical da ordem estatal inclui atentados, ou seja, a propaganda pela ação. É por isso que muitos atos de vandalismo em manifestações são relacionados a correntes anarquistas.
Em resumo: o anarquismo é o movimento que é inimigo absoluto do estado.
Quando e como surgiu?
A palavra anarquismo veio do grego anarkhia, que significa “ausência do governo”. O anarquismo – ou a sua teoria – foi desenvolvido pelo clérigo inglês William Goldwin e por Proudhon.
Mas os seus principais seguidores e representantes seriam os primeiro russos social-revolucionários. Entre eles estão Bakunin e o príncipe Kropotnike. A partir daí surgiram várias correntes que defendem pontos diferentes dentro do mesmo movimento que são a individualista e a coletivista.
Atuação no Brasil
Apesar de ainda existirem alguns movimentos anarquistas no Brasil, eles são muito fracos, principalmente se comparados com anos anteriores.
Com influência de imigrantes da Europa, o anarquismo chegou ao país em 1850. Mas foi só no século 20 que ele atingiu o seu ápice. Isso porque a doutrina era apreciada pelas classes operárias, o que gerou inúmeras greves em busca de direitos trabalhistas entre 1917 e 1919 nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Porém, a partir de 1922, com a criação do Partido Comunista, o Partido Comunista Anarquista ficou menos influente e começou a perder cada vez mais poder. Com isso ele acabou com pequenas representações que podem ser observadas ainda nos dias de hoje.