Collor, Impeachment e o Senado em Alagoas
Por Victor Palandi
Muitas são as figuras controversas que povoam o cenário político brasileiro de tempos em tempos, sendo que isto ocorre desde os dias do primeiro reinado, por exemplo, quando já era possível ver deputados envoltos com esquemas escusos.
No entanto, nada se compara aos dias atuais, já que há figuras realmente contraditórias exercendo cargos importantes do legislativo e do executivo brasileiros, como o indefectível Paulo Maluf (que teve sua candidatura impugnada) ou o folclórico palhaço Tiririca.
Mas poucas podem se dar ao luxo de já terem ocupado o cargo máximo do executivo tupiniquim, a Presidência da República, e uma delas atende pelo nome de Fernando Collor de Mello, que atualmente é Senador pelo estados de Alagoas.
Resumo:
O trigésimo segundo Presidente do Brasil
Fernando Collor de Mello ganhou fama no Brasil inteiro quando foi candidato à Presidência da República em 1989 pelo nanico Partido da Reconstrução Nacional (PRN), sendo chamado de “caçador de marajás”, muito por causa de algumas práticas suas durante seu governo no estado de Alagoas.
Collor conseguiu se eleger, derrotando o então candidato do Partido dos Trabalhadores Lula, que um dia também viria a se tornar ele próprio um Presidente da República.
No entanto, o que realmente o tornou famoso não apenas no Brasil, mas também no mundo inteiro foi o escândalo de corrupção de seu tesoureiro, Paulo César Farias, que, aliado à reprovação por grande parte da população ao seu Plano Collor, que gerou desemprego e elevou ainda mais a inflação, levou o então Presidente Collor a sofrer um processo de Impeachment.
Ao saber que a aprovação de tal processo era praticamente inevitável, Collor renunciou ao cargo de Presidente da República em 29 de dezembro de 1992, deixando o cargo para seu vice, Itamar Franco. Depois disto, Collor viria a ficar nada menos do que 8 anos inelegível.
O Senado
Após os 8 anos em que Collor ficou inelegível, ele finalmente se candidatou a um cargo público novamente, desta vez ao governo do estado de Alagoas, perdendo a disputa para Ronaldo Lessa.
Em 2010 ele tentaria novamente uma candidatura a este cargo, ficando desta vez em terceiro lugar e, consequentemente, fora da disputa pelo segundo turno, que se deu entre Ronaldo Lessa e Teotônio Vilela Filho.
Em 2007, Collor se candidatou ao Senado por Alagoas, sendo que ele conseguiu se eleger, após ter concorrido pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), mas logo em seu primeiro dia de mandato, já debandou para o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
Collor é Senador da República por Alagoas desde então, sendo a prova máxima de que escândalos de corrupção e outras questões duvidosas simplesmente não colam para muitos eleitores brasileiros.