Em 1878 já havia publicado sua primeira obra, conhecida como “Canções Românticas” que na verdade era uma coletânea de poesias com temas parnasianos. Nos demais livros, o traço parnasiano ficou ainda mais evidente em Alberto de Oliveira que gostava de descrever e exaltar as formas da Antiguidade Clássica. Era um verdadeiro culto à arte.
Esteve participante da fundação da Academia Brasileira de Letras e também passou por cargos públicos. Amigo de Raimundo Correia e Olavo Bilac, compunha a tríade do Parnasianismo brasileiro. Além disso, colaborou com vários jornais cariocas: A Semana, Correio da Manhã, Tribuna de Petrópolis, Diário do Rio de Janeiro. Meridionais, publicação de 1884 é o marco parnasiano do autor, sendo ainda mais visível em “Sonetos e Poemas” de 1885.
Alberto de Oliveira morreu em Niterói, no ano de 1937.
O soneto “Vaso grego” ilustra bem o apego deste autor com a forma e a métrica rígida de suas produções.
(…)
“Depois… Mas o lavor da taça admira,
Toca-a, e, do ouvido aproximando-a às bordas
Finas hás de lhe ouvir, canora e doce,
Ignota voz, qual se da antiga lira
Fosse a encantada música das cordas,
Qual se essa a voz de Anacreonte fosse.”