Universidades Federais perderão 30% em repasse de verbas este ano
Por Rodrigo Duarte
As Universidades Federais não terão um ano nada fácil. O Ministério da Educação está reduzindo em 30% o valor total dos repasses de verbas para este ano. Muitas instituições já estão cortando uma série de gastos com o objetivo de tentar encaixar o seu orçamento na nova realidade.
Algumas instituições, como o caso da Universidade Federal do Rio de Janeiro, já anunciaram que vão adiar o retorno as aulas devido à falta de manutenção e de alguns serviços básicos, como segurança e limpeza. Muitas empresas terceirizadas que prestam estes serviços para as instituições de ensino acabaram tendo o seu pagamento atrasado.
Resumo:
Votação parada
Apesar do corte, o Ministério da Educação lembra que o orçamento ainda está parado no Congresso e precisa ser votado para garantir um aumento de 10,5% em relação ao ano passado para a educação pública como um todo. Parte deste aumento será repassado para as Universidades Federais.
Sobre o adiamento do retorno as aulas e também sobre o corte de determinados serviços nas instituições, o MEC afirmou em nota que todas as universidades possuem autonomia para decidir a melhor forma de alocar os recursos e também pode definir o calendário letivo e as datas de retorno das aulas.
Contas atrasadas
Além da situação da Universidade Federal do Rio de Janeiro existem uma série de outras instituições federias de ensino já estão sentindo a falta de recursos. Em Campina Grande, por exemplo, o repasse do auxílio moradia para os estudantes que dependem do recurso está atrasado.
Já na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) existe uma proposta de corte no programa de qualificação dos professores e também nas bolsas de estudos.
Na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) algumas contas simplesmente pararam de ser pagas, como é o caso dos serviços de água e luz. A instituição também teve que bloquear o repasse de recursos para o pagamento das empresas que prestam serviços de vigilância e limpeza.