Os alunos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro vão demorar mais tempo para conseguirem retornar para as aulas. A instituição decidiu adiar o início do calendário letivo para o próximo dia 9 de março. O motivo é a paralização dos prestadores de serviços terceirizados. A classe reclama que não está recebendo os pagamentos em dia.

UERJ adiará início das aulas por atraso no pagamento dos funcionários

De acordo com as informações que foram divulgadas pela instituição de ensino, a medida foi tomada principalmente para que a direção consiga normalizar serviços que são considerados essenciais para o funcionamento da Universidade mas que estão parados devido a paralisação, como a limpeza.

Os funcionários reclamam que ainda não receberam os pagamentos dos salários dos meses de janeiro. As empresas responsáveis pelo fornecimento deste serviço afirmam que não receberam os repasses da instituição. Já a UERJ afirma que os pagamentos referentes aos meses de outubro e novembro já foram realizados em Janeiro, e que o pagamento do mês de dezembro está previsto para acontecer neste mês.

Falta de verbas

Em nota, o reitor da Universidade, Carlos Levi, afirma que a UFRJ está passando por uma grande crise, e que está sendo muito difícil conseguir encontrar todo o dinheiro necessário para honrar com os seus compromissos financeiros.

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“Em virtude do orçamento da União para 2015, não ter sido aprovado, a universidade tem recebido recursos do Governo Federal em parcelas mensais, correspondentes a apenas 1/18 do orçamento proposto para este ano. No ano passado, deixaram de ser repassados à UFRJ quase R$ 60 milhões, cerca de 20% de nosso orçamento. Assim, a reitoria tem mantido contato permanente com o MEC (Ministério da Educação), para garantir a liberação de recursos necessários a nossa universidade”, disse.

O reitor informou ainda que os serviços terceirizados acabaram sendo os mais afetados pois correspondem a cerca de metade do orçamento anual de custeio que a instituição dispõe.

De acordo com relatos de estudantes da UERJ, durante o ano diversas vezes os funcionários sofreram com o atraso nos pagamentos.