Hoje em dia é difícil encontrar uma criança ou um adolescente que não fique bastante tempo diante de uma tela. Afinal de contas, se antes as pessoas tinham apenas a televisão e o rádio como forma de entretenimento eletrônica, hoje em dia os smartphones, tablets e os computadores acabam praticamente dominando a atenção dos mais jovens.
Pois um estudo feito recentemente afirma que tanto as crianças quanto os adolescentes que ficam muito tempo diante de uma tela podem acabar correndo o risco de apresentar maior propensão a quadros de depressão e ansiedades. O estudo e seus resultados foram publicados em um artigo, “Associações entre tempo de tela e menor bem-estar psicológico entre crianças e adolescentes: evidências de um estudo de base populacional”, publicado este mês na revista cientifíca “Preventative Medicine Reports”.
O estudo foi realizado com base em uma análise dos dados que constam na Pesquisa Nacional de Saúde Infantil de 2016, dos Estados Unidos. Foi analisada uma amostra aleatória de mais de 40.300 pesquisas de cuidadores de crianças de 2 a 17 anos de idade. A pesquisa nacional foi administrada pelo Census Bureau dos EUA por correio e on-line e perguntou sobre tópicos como: atendimento médico existente; questões emocionais, desenvolvimentais e comportamentais; e comportamentos de jovens, incluindo o tempo de tela diário.
Os dados revelaram que jovens que passam mais de sete horas por dia diante de telas acabavam se tornando duas vezes mais propensos a terem diagnósticos de ansiedade e depressão quando comparado com outros jovens que passam menos tempo no mundo eletrônico.
Outros dados revelam que, entre os pré-escolares, aqueles que passam mais tempo diante da tela apresentam o dobro de chance de se tornarem menos pacientes. Já entre os adolescentes de 14 a 17 anos de idade, 42,2 % daqueles que passaram mais de sete horas por dia nas telas não concluíram as tarefas, contra 16,6% daqueles que passaram uma hora por dia e 27,7% daqueles ocupados por quatro horas.