RJ: Aluno é impedido de entrar na escola por usar guias de candomblé
Por Rodrigo Duarte
Um estudante da rede pública municipal e ensino do Rio de Janeiro acabou passando por uma situação constrangedora esta semana. O aluno de 12 anos de idade foi barrado na sua própria escola por estar utilizando guias de candomblé por baixo do uniforme. O fato aconteceu no bairro do Grajaú, localizado na Zona Norte da cidade.
De acordo com as informações que foram divulgadas pela imprensa sobre o caso, o estudante estava sendo levado para a escola acompanhado da sua mãe. A mãe do menino alega que já havia avisado para a professora que ele havia entrado para a religião e que teria que usar as guias de candomblé. A professora teria dito, logo de cara, que o estudante não iria entrar na instituição de ensino com aqueles acessórios.
O fato teria acontecido no mês passado, quando o estudante teria desistido de tentar ir na aula. Esta semana a mãe e o garoto fizeram uma nova tentativa. De acordo com o relato da responsável pelo menino, ao se aproximar do portão de entrada da escola a diretora da instituição teria colocado a mão no peito dele e dito: “Aqui você não entra”.
Resumo:
Humilhação
Além do problema do estudante estar sendo impedido de entrar em sala de aula, o que mais choca a mãe, de acordo com as entrevistas que ela concedeu para alguns veículos de imprensa, foi a humilhação sofrida pelo garoto. Nas palavras da mãe, a diretora poderia ter esperado para falar com isoladamente, mas acabou barrando o aluno na frente de todos os seus colegas e amigos.
Desculpas
Depois que o caso acabou noticiado pela imprensa, o prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, marcou um encontro com o estudante e a sua mãe para pedir desculpas formas em nome da administração municipal.
“É importante que se faça um pedido de desculpas por esse eventual erro ou excesso e que fique claro que a rede municipal de ensino aceita as diferenças e respeita as escolhas e orientação religiosa das pessoas. A mensagem que queremos passar é de que nao há qualquer preconceito na rede municipal de ensino e nem na escola, que está entre as melhores da cidade. Axé para quem é de axé, shalom para quem é de shalom e amém para quem é de amém”, disse o prefeito.
O prefeito garantiu que o estudante vai voltar as aulas normalmente, e disse que a diretora não foi afastada do cargo mas que uma sindicância foi aberta.