Mais uma rede de educação pública vai entrar em greve. Desta vez os professores das Universidades Estaduais da Bahia decidiram parar as atividades já a partir desta quarta-feira, dia 17 de setembro. Segundo o comunicado oficial do sindicato que representa a classe, esta é uma paralisação de advertência e dura até o dia 19.

Professores das universidades estaduais da Bahia iniciam paralisação

A paralisação de todas as atividades atinge as seguintes instituições de ensino: Uneb, Uesc, Uefs e Uesb. Nesta quarta-feira, aproveitando o início da paralisação, uma comissão foi criada com 120 representantes da categoria. Os professores foram até o Centro Administrativo da Bahia.

Os professores montaram um piquete na frente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), onde montaram barracas e protestam com cartazes. A previsão é durante a tarde desta quarta-feira as manifestações acabem aumentando em termos de intensidade, uma vez que está prevista a chegada de um carro de som para que os professores possam falar sobre suas exigências.

Resumo:

Exigências

Os professores das Universidades Estaduais da Bahia querem uma alteração no Projeto de Lei Orçamentária Anual, om o aumento do repasse da Receita Líquida de Impostos de 5% para 7%. Um dos problemas que estão sendo apontados pelos professores é um corte no repasse de verbas para as universidades estaduais da Bahia.

De acordo com a Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), no ano de 2014 o atual governo aprovou uma redução no orçamento que chegou na casa dos R$ 12 milhões. Para o próximo ano, o governo já estaria tentando aprovar mais um corte nas verbas que são enviadas para as instituições, com uma perda de mais R$ 7 milhões.

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A associação também acusa o governo de não atualizar a cota orçamentária desde o ano de 2004, quando foi aprovado o pedido de 5%, o que atualmente não comporta mais o tamanho das universidades, especialmente com o crescimento do número de estudantes e com o aumento dos custos de uma forma geral.

Junto com a questão orçamentária os professores também reclamam de outras questões pertinentes ao cenário atual das Universidades estaduais da Bahia, como o sucateamento das instituições, a falta de vagas para professores e técnicos, o que ocasiona o acúmulo de funções, e o atraso no pagamento das bolsas auxílio e de pesquisa.

Durante estes três dias as aulas nas quatro instituições de ensino estão sem aula. O movimento ainda não tem uma posição referente a possibilidade da continuação da greve.