Os alunos da Universidade Federal do Rio de Janeiro vão continuar sem aulas por mais um tempo. Pelo menos esta é a decisão da assembleia realizada esta semana com os professores da instituição, que decidiram continuar com o movimento grevista. A greve começou no dia 23 do mês passado.
Não são apenas os professores que estão em greve na UFRJ, já que o corpo técnico-administrativo da universidade também está com as atividades paralisadas desde o dia 29 de maio.
Na última reunião realizada para tratar dos termos da greve comparecerem os representantes do Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão e do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais. A proposta do ministério não foi alterada, sendo que o reajuste oferecido continua sendo o de 21,3%, que serão parcelados em quatro anos.
A contraproposta que foi feita pela categoria era de receber o mesmo percentual de reajuste, mas todo de uma vez em 2016, ao invés de receber o aumento parcelado. De acordo com os representantes dos grevistas, esta seria uma forma de garantir que os funcionários não sofressem com as perdas da inflação.
Resumo:
Sindicato critica postura do governo
Depois da reunião, houve uma série de manifestações de parte dos representantes dos grevistas com relação ao posicionamento do governo sobre o assunto. “Isso é difícil de aceitar porque nós estamos em um momento em que a inflação está demonstrando muito fôlego e esse parcelamento não atende as necessidades urgentes dos professores”, declarou a vice-presidente da Associação dos Docentes da UFRJ, Luciana Boiteux.
Além do aumento do salário no ano de 2016, os professores da UFRJ também estão pedindo melhorias nas condições de trabalho, uma reavaliação da carreira, a garantia da autonomia da universidade e também uma política de valorização salarial tanto dos funcionários ativos quanto dos aposentados.