Pesquisador da UFPR afirma que começar aulas às 7h não faz sentido
Por Rodrigo Duarte
Uma das principais reclamações dos estudantes que frequentam escolas e universidades no período da manhã é o horário do começo das atividades. A grande maioria acaba achando cedo demais. Pois o professor e pesquisador da Universidade Federal do Paraná, Fernando Louzada, concorda.
De acordo com o docente, o ideal para um melhor aproveitamento dos estudos pelos alunos seria uma escola com horários mais flexíveis, e que também se preocupasse com as necessidades de sono dos jovens. Não seria apenas uma questão de conforto, já que o professor afirma que os alunos que dormem mais podem ter mais facilidade para aprender.
Resumo:
Mais tempo de sono
“Sempre que me perguntam qual é a escola ideal eu respondo: a que fica mais perto da sua casa, porque você pode dormir mais”, afirma Louzada, que critica a predominância de escolas com horários matutinos. “Começar a aula às 7h não faz sentido nenhum”, diz.
Segundo o professor, este horário imposto pelas escolas acaba privilegiando os alunos matutinos, ou seja, aqueles jovens que acabam tendo mais facilidade para conseguir acordar cedo. Mas nem todas as pessoas são assim, já que muitos jovens acabam apresentando mais capacidade de rendimento em outros períodos do dia.
A partir destes conceitos, o professor Fernando acredita que o modelo ideal de escola seria o seguinte: três horas de atividades fixas, que seria das 9h às 12h, e mais duas horas de atividades que poderiam ser cursadas ou de manhã cedo (das 7h às 9h) ou mais tarde (das 13h às 15h).