Pesquisa afirma que conhecer dois idiomas previne demências
Por Rodrigo Duarte
Uma pesquisa realizada recentemente pela psicóloga Ellen Bialystok, professora da Universidade de York, no Canadá, afirma que as pessoas que conhecem ou que estudam um ou mais idiomas além da língua falada no lugar onde nasceu possuem uma série de vantagens cognitivas.
Algumas destas vantagens podem são tão importantes que estão diretamente relacionadas a chance de alguma pessoa acabar desenvolvendo problemas sérios, como demências. Além disso, as pessoas que conseguem dominar estes dois idiomas acabam tendo uma maior facilidade em manter sua atenção naquilo que realmente é importante no seu dia a dia, ignorando suas distrações.
Resumo:
Prática do segundo idioma
As pesquisas da psicóloga afirmam que existe uma diferença entre alguém que apenas possui o conhecimento do segundo idioma e uma pessoa que realmente é bilíngue. A segunda é uma pessoa que mantém o segundo idioma sempre ativo em seu cérebro, e isso exige uma prática constante, o que não é o caso das pessoas que possuem apenas o conhecimento deste segundo idioma.
Um dos motivos que ajudam o cérebro das pessoas que conhecem dois idiomas é um “treino” que a mente da pessoa realiza todos os dias para conseguir diferenciar um idioma de outro. Basicamente existem dois códigos de linguagens ativos no cérebro dos bilíngues e toda vez que ele precisa se comunicar o cérebro precisa escolher entre um código e outro.
Esta escolha vai ficando cada vez mais eficiente com o passar do tempo. E este treino acaba interferindo em outras áreas do nosso cérebro, deixando ele mais eficiente na hora de raciocinar, por exemplo.
Sobre o fato dos bilíngues terem, de acordo com as pesquisas, menos chances de desenvolver doenças como a demência, os motivos ainda não são claros para as pesquisadoras. Uma das possíveis explicações é o fato dos bilingues utilizarem a função frontal aprimorada do cérebro como compensação, quando declina a função medial.