Ministério da Saúde lança campanha contra racismo no SUS
Por Victor Palandi
Um dado realmente assustador foi levantado pelo Ministério da Saúde: nada menos do que 60% das mortes de mães em unidades do SUS em todo o país são de mulheres negras.
E com base neste dado, o Ministério da Saúde optou por lançar uma campanha contra o racismo no SUS, onde é incentivado, entre outras coisas, que as denúncias sejam feitas pela população por meio do telefone 136.
Resumo:
Uma campanha necessária
Por causa do alarmante dado informado no primeiro parágrafo deste artigo, o Ministério da Saúde e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República decidiram criar uma campanha contra o racismo no SUS.
E o motivo para o lançamento desta tão importante campanha foi a necessidade, observada não apenas por este dado, mas também por uma série de outros relatos e situações em que pessoas negras são destratadas ou sofrem para ter atendimento de qualidade no SUS.
Ou seja, a campanha contra o racismo no SUS acabou por se tornar uma campanha necessária, não apenas na visão dos dois órgãos que a criaram, mas também na visão de grupos ligados aos direitos dos negros, que apoiaram a iniciativa de imediato.
O lançamento
A campanha foi lançada no último dia 25 de novembro, em Brasília, como uma campanha publicitária importante, voltada para conscientizar as pessoas e principalmente os profissionais que prestam o atendimento no SUS.
Nas propagandas, há dizeres fortes contra o racismo, como, por exemplo: “Racismo faz mal à Saúde. Denuncie!”, sendo que elas são veiculadas em diversos veículos de comunicação de massa, como jornais, rádio e televisão, bem como também revistas e redes sociais.
Há também a previsão da utilização de panfletos impressos para conscientização para serem oferecidos aos pacientes e aos profissionais nas unidades do SUS, além de cartazes emblemáticos espalhados também nas unidades do SUS.
Segundo informações, as ações deverão seguir até o próximo dia 30 de novembro, enquanto que a campanha deverá ser permanente, para que a conscientização seja plena e contínua.
Desta forma, o Ministério da Saúde pretende diminuir os terríveis números apresentados pelos dados levantados recentemente, que indicam que os negros simplesmente são a maioria sempre que há algum tipo de situação negativa, como mortes ou falhas no atendimento, o que coloca os profissionais que atuam no SUS na berlinda.
A iniciativa foi muito bem vista pelos movimentos negros do país, e o mês de escolhido (Consciência Negra) foi mais que adequado.