Levantamento mostra que meninas são melhores do que meninos na resolução de problemas
Média delas acabou ficando maior do que as delas em 23 estados brasileiros.
Por Rodrigo Duarte
As meninas estão se saindo muito melhor do que os meninos na hora de resolver problemas, especialmente aqueles que que exigem trabalho em grupo com duas ou mais pessoas.
As informações constam no estudo “Um Panorama sobre Resolução Colaborativa de Problemas no Brasil”, do Portal Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional) que usou dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês) 2015, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
De acordo com os dados que foram listados no relatório, a nota média delas no Brasil ficou em 420.6, enquanto que a média dos meninos ficou em 402.30, o que acaba dando uma diferença de 17 pontos. O relatório também mostra que 15,2% das meninas acabaram tendo um desempenho igual ou superior à média da OCDE, que são 500 pontos, enquanto que apenas 12,5% dos meninos conseguiram chegar neste nível.
Os problemas que foram disponibilizados para que os alunos resolvessem foram simulações teóricas nas quais era necessário trabalhar em grupo para fazer um filme ou então preparar uma determinada apresentação.
As vantagens das meninas em relação ao desempenho nos testes foram percebidas em 23 dos estados brasileiros. No Amapá, a diferença entre os sexos foi a maior registrada no país, chegando a 30.1 pontos. Nos estados de Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Sergipe e Alagoas a diferença entre os sexos não é considerada estatisticamente significante, de acordo com o Iede.
O estudo demonstra também que todas as regiões brasileiras, quando levadas em consideração as médias globais dos estados, ficaram com pontuações abaixo da média dos países da OCDE. A que acabou mais se aproximando foi a região Sul, com pontuação de 430.4.