Os alunos que pretendem conseguir o financiamento do seu curso de nível superior através do programa Fies vão pagar mais caro. O Conselho Monetário Nacional confirmou a aprovação nesta quinta-feira de um pedido feito pelo Ministério da Educação para elevar os juros que são cobrados dos estudantes, passando dos atuais 3,4% para 6,5% ao ano.
A mudança nos juros cobrados já havia sido anunciada pelo ministro da educação, Renato Janine Ribeiro, mas ainda precisava da aprovação do Conselho. De acordo com as informações que foram divulgadas pela pasta, o novo índice de correção vai valer apenas para os novos contratos.
No documento que foi encaminhado para a aprovação do aumento dos juros no conselho, a justificativa que foi colocada é “realizar um realinhamento da taxa de juros devido ao cenário fiscal e à necessidade de ajuste fiscal”.
Além disso, o Ministro afirma também que o reajuste que será feito na taxa de juros que vai ser cobrada dos estudantes vai permitir que a continuidade da oferta de financiamento do Fies a juris subsidiados. O governo também destaca que mesmo com o aumento, a taxa de juros cobrada segue sendo a menor do mercado.
Resumo:
Outras mudanças
O Fies também confirmou algumas outras mudanças que serão realizadas na oferta dos financiamentos. Uma delas será um teto a partir da renda per capita da família do candidato, que agora passa a ser de, no máximo, 2,5 salários mínimos. Antes a renda familiar bruta da família deveria ser de, no máximo, 20 salários mínimos.
A partir do ano que vem algumas áreas serão priorizadas na oferta de bolsas: engenharias, formação de professores (licenciaturas, pedagogia ou normal superior) e saúde. Antigamente não havia nenhum critério desta natureza.
Também serão priorizados os cursos com nota 5 e 4 no sistema de avaliação do MEC, bem como alunos que estudem nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (excluindo o DF).