O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou nesta semana a gráfica que será responsável pela impressão das provas do Exame Nacional do Ensino Médio deste ano de 2020, mas que serão aplicadas somente no ano que vem. A empresa escolhida foi a gráfica Plural, mesma responsável pelo vazamento das provas do ano de 2009.
O contrato foi assinado no dia 31 de julho e tem validade de um ano, ao custo de R$ 63 milhões. A gráfica Plural será responsável pela impressão de todos os cadernos de questões, cartões-resposta, folhas de redação e folhas de rascunho das versões impressa e digital – a redação do Enem Digital será impressa.
O mesmo edital também acaba especificando que essa gráfica será a responsável pela impressão para o pré-teste de itens e as provas para privados de liberdade e jovens sob medida socioeducativa, bem como as provas que serão aplicadas posteriormente em determinados casos, como pessoas que não conseguem comparecer no dia por doença.
Resumo:
Lembre como foram os problemas de 2009
O ano de 2009 acabou sendo marcado por uma série de confusões envolvendo a impressão e aplicação das provas do Enem. Alguns cadernos acabaram sendo roubados da gráfica Plural. Com o vazamento, a organização teve que cancelar o exame faltando apenas dois dias para as provas.
O roubo foi descoberto após o jornal O Estado de São Paulo (Estadão) denunciar ao Ministério da Educação (MEC) que uma pessoa tentou vender para o jornal os cadernos de provas por R$ 500 mil. O roubo foi praticado por funcionários do próprio consórcio responsável pela aplicação do Enem 2009, formado pelas empresas Funrio, Cetro e Consultec. A contratação da gráfica era de responsabilidade deste mesmo consórcio.
Em 2011, a Justiça Federal condenou a prisão os três funcionários da Cetro, mas todos já estão em liberdade. A pessoa que tentou vender as provas para o Estadão também foi condenada, mas sua pena foi substituída por prestações de serviços à comunidade.