O Ministério da Educação anunciou alterações na forma como a verba destinada a custear os estudos dos alunos que aderiram ao programa de financiamento Fies será repassada para as instituições de ensino. As mudanças causaram reação de parte da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes).
O presidente da Abmes, Gabriel Mario Rodrigues, afirmou que as alterações no repasse de verbas poderá prejudicar o funcionamento das instituições de nível superior privadas no Brasil, já que muitas acabam tendo boa parte do dinheiro mensal vindo deste repasse do governo.
Resumo:
Menos repasse
Com as mudanças das regras, anunciada em dezembro do ano passado pelo governo, o MEC vai repassar o valor referente as mensalidades dos alunos que aderiram ao financiamento em oito vezes ao ano. Até o ano passado este valor era repassado mensalmente, em 12 vezes. O dinheiro que faltará destes quatro meses por ano será pago para as instituições de ensino somente após a formatura do estudante.
No caso de um estudante que cursa uma graduação de quatro anos, que é a média nacional da grande maioria dos cursos, a instituição de ensino vai receber do Fies apenas oito mensalidades durante este período. As 12 parcelas que ficariam faltando serão pagas apenas quando o estudante concluir os seus estudos.
Mas alguns pontos ainda ficaram em abertos, como os prazos para que estes valores sejam pagos ou então as correções monetárias que serão ou não feitas neste dinheiro que ficará parado com o governo.
Impacto no aluno
Em um primeiro momento parece que esta medida não terá qualquer impacto no estudante, apenas nas instituições de ensino. Mas de acordo com a Abmes, estas alterações poderão sim prejudicar principalmente aqueles estudantes que pretendem conseguir um financiamento no futuro próximo, já que as instituições de ensino podem começar a desistir de aceitar o financiamento por conta deste prejuízo imediato que elas terão.