Os funcionários da Universidade de São Paulo decidiram oficialmente encerrar a greve que já durava 70 dias. Com isso, todos estão retomando as suas atividades imediatamente. A assembleia que marcou o fim da greve aconteceu na última segunda-feira, dia 18, na Cidade Universitária. A partir desta terça-feira, dia 19, os postos de trabalho já devem estar ocupados novamente.
O diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP, Aníbal Cavali, afirmou quer o julgamento do dissídio ocorrerá em um período de 20 a 30 dias, no Tribunal Regional do Trabalho. O motivo que desencadeou a greve era justamente o aumento que estava sendo pedido pelo sindicato nos salários dos funcionários. Na pauta do dia estava um pedido para 12,4% de reajuste, sendo 9,34% referentes a um ano da perda inflacionária e 3% equivalentes a correções anteriores.
Apesar do sindicato não ter conseguido a certeza de que a instituição vai conceder este aumento, o encerramento da greve se deu principalmente em virtude do corte do ponto de todos os grevistas. O sindicato afirmou que os funcionários parados estão há dois meses sem receber salários, e decidiu não prosseguir com a greve.
Além do reajusta, o sindicato também colocou algumas outras pautas em discussão, tais como a contratação de funcionários e o chamado desmonte da USP, que inclui o fechamento das creches para filhos de funcionários e estudantes, terceirização de restaurante, fim do regime de dedicação exclusiva de professores e degradação dos hospitais.