Um dos maiores desafios que os países estão enfrentando ao redor do mundo durante a pandemia da Covid-19 é o retorno aos alunos para dentro da sala de aula. Diversos países da Europa estão definindo o retorno dos alunos para as escolas. Mas, a França, por exemplo, teve que fechar mais de 20 escolas depois da retomada em virtude do surgimento de casos da Covid-19.
A confirmação foi feita pelo ministro da Educação, Jean-Michel Blanquer. Considerando-se apenas as turmas fechadas, já foram mais de cem classes de alunos que acabaram sendo encerradas em função da dos casos de Covid-19. O governo francês mantém uma política que fecha a escola sempre que surgem 3 ou mais casos.
O calendário das escolas retornou no último dia 1º de setembro, terça-feira. Ao todo, mais de 60 mil instituições de ensino acabaram retornando as aulas. Mas somente nesta semana já foram apuradas mais de 250 suspeitas de casos positivos de Covid-19 entre funcionários das escolas e alunos.
O ministro da educação afirmou, durante uma entrevista para rádio local, que acredita se tratar de um número pequeno de escolas que acabaram fechando depois do anúncio da retomada. “Apesar do medo, todo mundo voltou para a escola e isso me deixa satisfeito”, disse o ministro.
Uma das principais motivações da Europa para retomar as aulas é um grande estudo feito na comunidade europeia que acabou chegando a conclusão de que as crianças são menos atingidas pelo novo Coronavírus, mas ainda não existe um consenso se o vírus realmente é menos intenso ou apresenta um menor índice de contaminação entre as crianças.
As pesquisas não são conclusivas sobre a capacidade de contaminação e a partir de qual idade. Na Europa, elas representam menos de 5% dos casos assinalados, segundo a SPF (Santé Publique France), o órgão que contabiliza o número de infecções, a partir de dados do Centro Europeus de Controle e Prevenção de Doenças.