De acordo com a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), conseguir um financiamento através do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), projeto do governo que custeia as mensalidades durante o curso e depois cobra com juros mais baixos que o mercado, está mais complicado.\
De acordo com as informações que foram divulgadas pela entidade, das 310 mil vagas que foram oferecidas, apenas 80,3 mil delas acabaram sendo preenchidas pelos interessados em conseguir um financiamento. Isso acaba equivalendo a cerca de 26% da meta de financiamento.
O presidente da entidade afirma que o desempenho do Fies no ano de 2018 pode ser considerado como um grande fracasso. “Foi o pior cenário desde que foi instituído o Fies. O programa, que devia ser social, transformou-se num programa financeiro e fiscal. Esta é a nossa maior crítica”, disse Janguiê Diniz.
Desde o começo deste ano o Fies está sob novas regras. Na modalidade em que o financiamento é oferecido pela instituição bancária, com taxa de juros determinada pelo próprio banco, foram preenchidas 500 vagas de um total de 210 mil. Já no modelo de financiamento governamental, a que se destina o restante das vagas, o aproveitamento foi de 82,1%.
O dirigente da representante das mantenedoras afirma que um dos principais problemas apresentados pelo programa é o não financiamento dos cursos em sua totalidade, apesar do governo ter estabelecido um percentual de financiamento mínimo de 50% do curso escolhido.
Além disso, outro problema apontado pela entidade é o fato de que 60% das vagas de financiamento acabam sendo destinadas apenas aos cursos considerados da área prioritária, que são aqueles das áreas da saúde, da engenharia e da licenciatura.