Estudo indica falta interesse de professores pela sua própria carreira
Por Rodrigo Duarte
Um estudo feito pela Universidade de São Paulo (USP) revela alguns dados muito interessante especialmente sobre os professores inseridos dentro do mercado de trabalho. De acordo com os dados, falta interesse dos próprios professores, de um modo geral, em seguir na carreira. Para apoiar esta conclusão foram apontados uma série de dados que revelam que, na verdade, não faltam professores na rede pública.
Segundo o professor José Marcelino de Rezende Pinto, que comandou os estudos, o número de professores que conseguiram o seu diploma entre 1990 e 2010 seria suficiente para atender toda a demanda atual de docentes, mas que muitos destes profissionais simplesmente desistiram de trabalhar como professores.
Outro dado que indica que o número de profissionais educadores é suficiente no Brasil é o que mostra a quantidade de vagas que são oferecidas pelas Universidades, três vezes maior do que toda a demanda por professores estimados na educação básica.
Resumo:
Faltam atrativos
Apesar da conclusão do estudo, o relatório aponta que na grande maioria dos casos o problema não está no profissional que se formou para dar aulas, mas sim na falta de um conjunto de iniciativas para tornar a profissão mais atrativa. A grande questão ainda segue o salário do professor, que é muito baixo no Brasil comparado ao que ele precisa investir para se formar.
Um outro erro, de acordo com o relatório, são as políticas do governo de financiamento para abertura de novas vagas nas universidades para os professores. De acordo com José Marcelino, o governo deveria gastar dinheiro para aumentar os atrativos da profissão, e não financiar cursos de licenciatura em instituições que, muitas vezes, não oferecem a qualidade de ensino desejada.