As mensalidades de escolas e de faculdades em todo o país deverão ficar mais caras, no ano de 2014. Como é de praxe, o reajuste, tanto de escolas de educação fundamental quanto média, deverá ficar entre 9% e 12%. Em relação às instituições de ensino superior, o crescimento deverá ser de algo em torno de 8,5% até 11,5%
A grande curiosidade do reajuste é que não se configura apenas como o repasse da inflação – mesmo porque o índice deverá fechar em 5,8% no ano de 2013 – mas se relaciona aos investimentos e à proposta de ensino de cada centro de ensino. Feliz ou infelizmente, o fato é que cada lugar tem total liberdade para estipular seu próprio percentual de reajuste a ser repassado aos alunos, tendo por base todo o seu montante de investimentos e de despesas.
Resumo:
Por que as Escolas e Faculdades ficarão mais caras?
As principais razões para a elevação são o reajuste do salário mínimo e do preço de aluguéis, que impactam diretamente a folha de pagamento e do gasto com patrimônio. Contudo, como é frequente nesse momento de começo de um novo ano, muitos pais e estudantes começam a se preocupar em como farão para continuar estudando, ou pagando o ensino de seus filhos.
Se o quadro já é complicado, pensando apenas em mensalidade, tende a piorar quando adicionamos o reajuste do material escolar. Para muitos consumidores, essa conta tende a não fechar. Sobretudo em escolas, locais nos quais os responsáveis são obrigados a arcar com uma custosa lista de material, a cada novo ano letivo.
Há, inclusive, medidas em curso para proibir que a escola coloque às custas do aluno o material para manter a instituição, coletivamente – como desinfetante, flanela, papel higiênico e outros. Taxas extras também serão proibidas. Os únicos gastos com materiais de uso coletivo que poderão haver, deverão já estar incluídos na anuidade, paga pelo aluno, dividida, por todos os meses, ao longo do ano. A medida que trata da proibição é um projeto de lei de autoria do Deputado Federal Chico Lopes, do PCdoB-CE, já aprovado pelo Congresso Nacional, que está à espera da sanção da presidente Dilma Rousseff, para entrar em vigor.
É importante ressaltar ainda que, mesmo que a cobrança esteja estabelecida em contrato, a ser assinado no ato da matrícula, tais disposições estão, legalmente, anuladas. Isso apenas vai ao encontro do que os Sindicatos já determinam, mas que, “por força do hábito”, não era cumprido pelas mais variadas instituições de ensino. Essa lei será fundamental para normatizar a proibição, ao declarar tal cobrança, abusiva.
Em relação a dados numéricos, com o reajuste nas tarifas escolares, os novos valores poderão ser acrescidos em até 12%. Para efeito de compreensão, a perspectiva de inflação para todo o ano de 2013 ficará determinada em, no máximo, 5,8%.
Tais informações apenas confirmam o que já sabemos, presente no noticiário diário de todas as mídias: educação com o mínimo de qualidade, neste país, é, a cada dia mais, artigo de luxo. Algo permitido apenas a poucas pessoas, que dispõem de recursos hábeis para arcar com esse tipo de investimento.