Escolas e Creches não podem celebrar o natal em escolas de cidade da China
Por Rodrigo Duarte
Crianças da cidade de Wenzhou, na província de Zhejiang, no leste da China não comemoraram o natal este ano nas suas escolas e também em suas creches. O município decretou a proibição de qualquer comemoração natalina nas instituições de educação. De acordo com a circular que foi divulgada por uma agência de notícias, “nenhuma escola de ensino médio, fundamental ou creche pode celebrar atividades ou comemorações relacionadas com o Natal”.
Para demonstrar a seriedade da medida, agentes da prefeitura fizeram uma série de vistorias na última semana nas instituições de ensino da região, com o objetivo de verificar se a circular estava sendo cumprida por todos.
Um dos motivos para a proibição teria sido uma série de tensões no último ano entre as autoridades da província de Zhejiang e comunidades de cristãos. Nos últimos meses foram relatados problemas como igrejas que acabaram sendo demolidas e cruzes e crucifixos que foram removidos de alguns edifícios.
Resumo:
Festas ocidentais
Mas a explicação oficial que foi dada para a proibição das comemorações natalinas dentro de escolas e creches da região foi “diminuir a obsessão das escolas com as festas ocidentais, em detrimento das chinesas”.
O responsável pela educação da cidade, Zheng Shangzhong, afirmou que as escolas e qualquer outra instituição de ensino devem transmitir aos alunos os significados das festividades tradicionais do país. O governo da cidade incentiva as escolas a comemorarem somente as datas que realmente acabam tendo algum tipo de importância de acordo com os preceitos orientais, como o Festival da Lanterna, o Festival do Barco Dragão e o Ano Novo Lunar.
Nos últimos anos as escolas adotaram uma série de comemorações ocidentais no dia a dia dos alunos, como Natal, o Halloween e o Dia de São Valentim. O comércio da região também começou a trabalhar fortemente estas datas para vendas de itens relacionados, o que fez com que o governo chinês tomasse uma série de medidas para evitar o que eles consideram uma “invasão cultural ocidental”.