Durante a disputa presidencial que se desenrolou no primeiro turno das eleições deste ano, muitos foram os ataques feitos pelos adversários à atual presidente Dilma Rousseff, que tenha a reeleição ao cargo máximo do executivo nacional.
No entanto, nenhum destes ataques foi tão feroz quanto às acusações sobre o escândalo da Petrobrás, que ocorreu durante o governo da presidente Dilma e que foi lembrado por praticamente todos os seus adversários, em especial pelo candidato Aécio Neves, que acabou conquistando a oportunidade de disputar o segundo turno com ela.
Portanto, vamos tentar entender um pouco mais sobre o que de fato vem a ser o tão falado escândalo da Petrobrás, para que você consiga saber mais sobre este tema espinhoso que com toda a certeza estará na pauta das discussões e dos debates durante a disputa do segundo turno.
Resumo:
As origens do problema
Para quem ainda não sabe, o escândalo da Petrobrás (até outro dia considerada um excelente exemplo de boa empresa estatal) tem suas origens em desvios na obra de uma refinaria de petróleo.
Esta refinaria se chama Abreu e Lima, e estes desvios fizeram com que a obra ficasse superfaturada, gerando valores que superam a casa dos bilhões de reais, o que gerou criticas por parte de vários setores da sociedade civil, especialmente da imprensa.
A refinaria Abreu e Lima estava sob administração do ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto da Costa, que atualmente cumpre prisão preventiva na cidade de Curitiba, capital do Paraná.
Para a presidente Dilma, as acusações respingaram nela muito por conta do seu cargo atual, mas também por conta de seu histórico recente anterior à presidência da república.
Dilma sempre esteve muito ligada à Petrobrás enquanto exerceu cargos de importância estratégica de 2003 para cá, como por exemplo, ministra das Minas e Energia, ou ministra da Casa Civil.
Mas talvez nenhum deles tenha tanta ligação com a estatal quanto o cargo de presidente do Conselho de Administração da Petrobrás, que foi um cargo que assumiu antes de se candidatar à presidência em 2009.
A gravidade do problema
Há quem talvez ainda não saiba a grandeza da Petrobrás para a História do Brasil, mas ela cumpre um papel estratégico importantíssimo para o país, especialmente em seu campo energético, além de sempre ter sido um (dos poucos) motivo de orgulho para o povo brasileiro.
Pois é por causa disso que é possível medir a gravidade do escândalo da Petrobrás, já que ele ameaça colocar em cheque toda a trajetória de excelência e toda a imagem de empresa padrão que a estatal construiu ao longo dos anos, desde a sua fundação pelas mãos do presidente Getúlio Vargas na década de 1950.