O presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manual Palácios, confirmou nesta semana que a edição digital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) está cancelada. De acordo com o responsável pelo órgão responsável pela aplicação da prova, os estudantes demonstraram baixo interesse.
Além disso, Palácios afirmou também que a versão digital da prova gerava altos custos para sua aplicação, o que acaba indo completamente de encontro ao objetivo principal que era justamente economizar e cortar custos, na medida que o avanço deste formato poderia gerar economias com a impressão das provas, por exemplo.
De acordo com os dados que foram divulgados pelo Inep, o Enem Digital de 2022 custou cerca de R$ 25,3 milhões, representando aproximadamente R$ 860 por candidato. No total, esse formato de exame ofereceu 100 mil vagas, mas pouco mais de 30 mil inscritos fizeram prova pelo computador.
Já a verão impressa, de acordo com os dados que foram obtidos ao longo do ano de 2022, teria custado R$ 160 por estudante. Como a prova foi aplicada para um pouco mais de 2 milhões de candidatos, a aplicação neste formato teria custado cerca de R$ 324 milhões.
O Enem digital foi anunciado pela primeira vez no ano de 2019, sendo que a primeira edição acabou sendo aplicada oficialmente no ano de 2021. A ideia era que a prova de 2020 já tivesse essa opção, mas em função da pandemia de Covid-19, a prova feita no computador foi aplicada apenas no ano seguinte.
Neste formato, os candidatos se dirigiam até locais nos quais eram instalados computadores com a mesma prova disponível de forma impressa. As máquinas não permitiam que os estudantes tivessem acesso a qualquer outro tipo de recurso nestes computadores, apenas o sistema que permitia a leitura das questões e o envio das respostas.