Educadora diz: “Se a escola é ruim em um período, em dois ela é pior”
Por Victor Palandi
A educação brasileira vive um dos momentos mais decisivos de toda a História do Brasil, com grande importância sendo direcionada ao que poderá e deverá ser feito pelos governos para tentar melhorar os resultados.
Portanto, é natural que mais e mais especialistas no assunto decidam expor suas opiniões, fazendo com que muita coisa importante seja dita sobre a educação brasileira, elevando o nível da discussão.
E um bom exemplo foi dado pela presidente do Conselho Estadual de Educação de São Paulo, Guiomar Namo de Mello, que durante uma entrevista destacou que “Se a escola é ruim em um período, em dois ela é pior”. Portanto, vamos entender o contexto da declaração.
Resumo:
As críticas ao Plano Nacional da Educação
A presidente do Conselho Estadual de Educação de São Paulo, Guiomar Namo de Mello, fez essa afirmação durante uma entrevista onde ela também criticava duramente o Plano Nacional da Educação (PNE).
A crítica principal de Guiomar se dirige à intenção de aumentar a jornada diária dos alunos para 7 horas, que é uma das medidas mais importantes que estão sendo previstas pelo PNE.
Para ela, o problema não reside no fato de que os alunos ficam poucas horas na escola, mas sim no fato de que essas poucas horas são muito mal aproveitadas, o que possivelmente irá continuar com o aumento dessa jornada.
Guiomar afirma que, se essa escola não sabe aproveitar de modo realmente efetivo a quantidade de horas em um período, possivelmente não conseguirá melhorar esse aproveitamento dentro de uma lógica de dois períodos.
O ideal é melhorar a qualidade, não a quantidade!
Guiomar segue defendendo a tese de que para que a educação brasileira seja realmente boa e efetivamente contribua para as melhorias do mercado de trabalho do país, o ideal é investir em qualidade.
Ou seja, o ideal é melhorar a qualidade do ensino, procurando aproveitar bem as horas que os alunos passam dentro da escola, e não investir apenas em aumentar a quantidade de horas que esses alunos passam dentro da escola.
Outra coisa que incomoda a presidente do Conselho Estadual de Educação de São Paulo, o ideal é aumentar o tempo de aprendizagem, sem defender a inserção de atividades extracurriculares pouco proveitosas, como atividades manuais inúteis.
O mais indicado a ser feito é realmente aprimorar a qualidade do ensino, colocando mais proveito dentro das horas que os alunos permanecem dentro da escola, já que isso irá significar uma melhora da qualidade de ensino.