Diferenças entre o PT e o PSDB
Hoje em dia, no cenário político nacional, nenhum partido tem obtido mais projeção do que PT e PSDB. Confira onde ambos os partidos se diferem!
Por Victor Palandi
Hoje em dia, no cenário político nacional, nenhum partido tem obtido mais projeção do que PT e PSDB. É evidente a polarização do poder entre essas duas forças políticas, que se acentua ainda mais nas últimas eleições presidenciais, quando a corrida se resumiu a uma espécie de “Palmeiras e Corinthians” político.
Pois para muitas pessoas, durante muito tempo foi fácil enxergar e enumerar as diferenças entre esses dois partidos: ideologia, formação, correligionários, origens, etc. Porém com o passar dos anos, as diferenças foram se atenuando, e cada vez mais as semelhanças foram aparecendo, confundindo a cabeça dos eleitores mais desavisados.
Fato é que hoje é muito mais difícil do que era há 15 anos, listar as diferenças entre PT e PSDB, principalmente depois de compararmos a atuação de ambas as legendas no Governo Federal: Fernando Henrique Cardoso do PSDB governou o Brasil por oito anos (1994-1998 e 1998-2002) e Luiz Inácio Lula da Silva do PT ficou pelos mesmos oito anos como Presidente da República (2002-2006 e 2006-2010).
As diferenças dos partidos atualmente residem mais nas suas origens: o PT é oriundo de movimentos sindicais e grupos de intelectuais de esquerda, já o PSDB foi formado por dissidentes do PMDB, que era por sua vez o herdeiro da sigla MDB (Movimento Democrático Brasileiro), que representava o símbolo da luta contra o regime militar durante os tempos da ditadura e dos partidos biônicos (Arena do lado dos militares e MDB do lado da “oposição”).
Na prática, as diferenças entre ambos não resistem a uma olhada mais de perto, já que o governo FHC teve práticas econômicas ditas “neoliberais”, que foram mantidas pelo governo Lula, que por sua vez tentou fazer políticas sociais, mas acabou por se mostrar tão ineficiente quanto seu antecessor (vide Bolsa-Família e Fome Zero).
No que diz respeito aos escândalos de corrupção, muito se disse do esquema de compra de votos que garantiram a reeleição de FHC por parte de correligionários tucanos (o tucano é o símbolo do PSDB), mas o que dizer do escândalo do mensalão petista que estourou no governo Lula? As semelhanças impressionam, guardando-se apenas como diferenças a forma como as legendas reagem quando seus esquemas são desbaratados.
A grande verdade é que atualmente, no PT se vê muito pouco da esquerda que originou sua fundação. Quanto ao PSDB, no papel de oposição, a legenda tem se mostrado completamente perdida, sem saber ao certo qual é a sua imagem e qual é o seu verdadeiro papel.
O próximo round entre esses dois pesos-pesados do cenário político nacional já tem data marcada: será ano que vem, em mais uma eleição presidencial. O PT tentará reeleger Dilma Rousseff, o que manteria a legenda por um total de 16 anos no poder (um feito inédito). Já o PSDB tentará impedi-lo. Porém, ainda não sabe ao certo com quem, já que Aécio Neves, que é seu nome mais forte atualmente, ainda não é consenso dentro do próprio partido. Pode ser que José Serra tente participar da disputa mais uma vez. Ou seja, ao PSDB resta primeiro se decidir sobre o que ele quer ser daqui por diante, já que há claros rachas internos que só enfraquecem o partido nacionalmente. E enquanto isso não ocorre, o PT agradece.