Consulta pública sobre a criação do Enem Online é anunciada
Por Rodrigo Duarte
O Ministro da Educação, Cid Gomes, anunciou na última sexta-feira, dia 30, o lançamento de uma consulta pública para saber o que a população acha da realização de um Exame Nacional do Ensino Médio online. O MEC ainda não confirmou quando a consulta estará disponível para que a população comece a responder, mas deverá ser ainda no mês de fevereiro.
A ideia é saber a opinião da comunidade sobre a possibilidade da realização de um Enem descentralizado, ou seja, que possa acontecer ao longo do ano, ao invés do Governo ter que marcar e mobilizar um dia de provas no país inteiro. Para que o sistema possa funcionar, os alunos fariam a prova em terminais eletrônicos conectados em uma rede segura, com acesso a um banco de dados com milhares de questões diferentes, que formariam uma prova exclusiva para cada aluno.
“Imagina se o Ministério da Educação tiver, e isso sem nenhum cuidado com sigilo, oito mil quesitos de cada um dos temas, listados, colocados a julgamento público para que todos possam contestar. Se eu tiver esse banco de dados, ele pode ficar aberto ao público. Isso é fonte de estudo”, explicou Gomes, destacando que será necessário abranger todos os temas e suas subdivisões, graduados em perguntas fáceis, médias e mais complexas.
Resumo:
Redução das fraudes
O Ministro da Educação acredita que um banco de dados que contenha 32 mil perguntas de todas as áreas no ensino médio é suficiente para elaborar as provas diferentes para cada um dos estudantes. Além de ser praticamente impossível para um estudante conseguir memorizar as respostas das questões, mesmo que elas sejam de conhecimento público, o sistema também ajudaria a reduzir os casos de fraude ao Enem.
Como o banco de dados com as questões seria aberto, não existiria mais o risco que a prova tivesse as questões vazadas, uma vez que o estudante iria receber uma prova individual no momento que entrasse no sistema.
O Ministro também ressalta que, mesmo com a consulta, ainda existe a questão da infraestrutura que precisará ser criada. Mas o governo acredita que será mais barato do que a mobilização para a realização da prova no Brasil inteiro em um único dia.