Todo começo de ano é um momento de fazer contas, e isto vale para pessoas, instituições, empresas e inclusive para governos, que começam a vislumbrar o que a balança comercial reserva para o ano que está iniciando.
Para o Brasil, 2015 está começando com notícias nada animadoras em diversos campos, como o energético, por exemplo, especialmente por conta da crise hídrica, por exemplo.
Mas economicamente falando, as coisas também não vão bem, e por este motivo, o Brasil começa o ano de 2015 com um déficit em sua balança comercial, num saldo negativo de nada menos do que 3,174 bilhões de dólares.
Resumo:
Queda em comparação com mesmo período de 2014
Quando fazemos a comparação entre este período e o início de 2014 as coisas realmente ficam claras, já que é possível vislumbrar que houve uma queda nas exportações de nada menos do que 10,4% e nas importações de 12%.
O mês de janeiro apresentou um déficit na balança comercial brasileira na casa dos já citados 3,174 bilhões de dólares, o que equivale a nada menos do que 8,6 bilhões de reais.
E quem fez o anúncio deste déficit que aponta para um ano de 2015 realmente difícil para o Brasil foi o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), sendo que este anúncio foi feito na última segunda-feira, dia 2 de fevereiro.
Sem novidades
No entanto, apesar de parecer uma notícia assustadora para a maior parte das pessoas, o fato é que começar o ano com déficit na balança comercial não é exatamente uma novidade para o Brasil.
Nos últimos 4 anos o Brasil iniciou o ano com déficit em sua balança comercial, sempre fechando com saldo negativo o primeiro mês do ano, mas o que realmente preocupa é o fato de que neste ano, os números são mais altos.
Apesar de não trazer novidades, outra preocupação que tem sido levantada pelos analistas econômicos brasileiros e mundiais tem a ver com o cenário econômico atual, tanto do mundo, quanto do próprio Brasil.
Neste ano, para agravar ainda mais a situação e para tornar as perspectivas um tanto mais nefastas, o Brasil está passando por uma tremenda crise hídrica, com falta de água nos principais estados da região sudeste.
Além disto, há também uma crise energética, além dos escândalos de corrupção na Petrobrás, o que torna o ambiente ainda mais propício para uma crise econômica de maiores proporções.