Alunos com menos dinheiro conseguem ganhar espaço em universidades públicas
Por Rodrigo Duarte
, atualizado em
O fato dos estudantes que pertencem às classes sociais mais baixas terem que frequentar as universidades privadas, enquanto que os mais ricos conseguem entrar nas instituições públicas e gratuitas, sempre foi considerado um grande dilema da educação brasileira. Mas parece que este quadro está começando a mudar.
De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a participação dos 20% mais pobres da população brasileira na universidade pública aumentou quatro vezes entre os anos de 2004 e 2013. Segundo os dados, os estudantes com menos dinheiro representavam apenas 1,7% do total dos estudantes nas instituições públicas no ano de 2004, e agora representam 7,2%.
Os dados também mostram que houve um aumento também da parcela dos alunos mais pobres nas universidades privadas, que passou dos 1,3% há 10 atrás para 3,7%.
Resumo:
Políticas públicas
De acordo com especialistas, com base nos dados divulgados, as políticas públicas que foram adotadas na educação como um todo nos últimos anos acabaram sendo decisivo para este começo de mudança de cenário. Além dos programas como o Prouni, o governo federal também conseguiu ampliar o número de vagas que estão sendo oferecidas nas instituições de ensino de nível superior, apesar delas ainda estarem bem longe do necessário.
Além das políticas e dos programas que foram implementados exclusivamente na educação, o número de estudantes mais pobres que conseguiram chegar no ensino superior também aumentou por causa do quadro econômico do país, com crescimento em praticamente todas as áreas nos últimos anos.