O Ministério da Educação divulgou nesta semana o resultado da mais recente avaliação feita em diversos cursos de nível superior. O destaque negativo do relatório foi para o alto número de cursos de medicina que acabaram recebendo uma nota negativa. 27 programas de graduação nesta carreira foram mal avaliados pelo governo.
De acordo com o MEC, neste recente programa foram avaliados um total de 154 cursos da área de medicina. Estes 27 acabaram recebendo nota 2, em uma escala que vai de 1 até 5. Nesta avaliação também estão inclusas as notas que os estudantes conseguiram na última edição do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes, o Enade.
Dos cursos de medicina que foram reprovados, cinco deles são de universidades federais: Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ), Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).
Resumo:
Outros cursos
Além dos cursos de medicina que apareceram mal avaliados, o MEC realizou pesquisa também com cursos de outras carreiras como agronomia, biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, gisioterapia, fonoaudiologia, medicina veterinária, nutrição, odontologia, serviço social e zootecnia, e ainda curso tecnológicos em agronegócio, gestão hospitalar, gestão ambiental e radiologia.
Um total de 354 instituições públicas e privadas, levando em consideração todas as avaliações que foram feitas, acabaram recebendo notas baixas nesta avaliação feita pelo MEC.
Defesa
Algumas instituições acabaram se manifestando imediatamente após a divulgação dos resultados negativos, especialmente em relação as faculdades de medicina inseridas dentro de Universidades públicas. A UFRGS, por exemplo, declarou que o curso de medicina ficou com uma nota baixa devido a um movimento de boicote ao Enade realizado pelos alunos do curso.
A UFPel declarou que o resultado é um reflexo imediato do processo de adaptação dos estudantes em uma nova estrutura. Já a UFSJ se defendeu afirmando que a nota do MEC não representa a realidade do curso.
O Enade também foi apontado como o principal problema pela UFPA, que afirmou ter enfrentado um problema no cadastro dos seus alunos.