Se até poucos anos atrás o ensino a distância era visto com grande dose de desconfiança pela grande maioria dos estudantes e também pelas empresas na hora de selecionar novos colaboradores, hoje em dia o quadro está muito diferente. Pelo menos 16% de todos os estudantes de nível universitário do Brasil já são alunos na modalidade a distância.
De acordo com os dados que foram divulgados sobre a participação do ensino à distância no Brasil, o número de matrículas neste setor cresceu 23 vezes nos últimos 10 anos. No ano de 2003 eram cerca de 50 mil alunos matriculados em curtos universitários a distância no Brasil. No ano passado este número já passava de 1,15 milhão.
Resumo:
Mudanças no setor
Enquanto a quantidade de alunos de cursos de nível superior na modalidade a distância não para de crescer no Brasil, existe uma série de esforços de parte do governo para alterar algumas regras e orientações do setor de um modo geral. A ideia é permitir com que os estudantes continuem tendo acesso a este tipo de oferta, mas sem abrir mão da qualidade do ensino.
Na semana passada, durante uma reunião do Conselho Nacional de Educação, houve uma discussão para rever a nova regulamentação que havia sido apresentada para o setor. O governo tinha imposto uma série de medidas com o objetivo de qualificar melhor todos os programas de ensino que se utilizam da modalidade EaD.
Uma das principais e mais polêmicas medidas seria permitir que apenas as instituições de ensino que conseguissem tirar nota 4 ou 5 na avaliação de qualidade do MEC lançassem cursos EaD. Mas o projeto acabou sendo duramente criticado especialmente pelos representantes do setor privado, e por isso acabou retornando para a mesa de negociações.