Esse ano (1945), foi marcado pelo fim da Segunda Guerra Mundial, pela abertura no setor político, pela morte de Mário de Andrade e pela queda de Getúlio Vargas, sendo assim considerada uma época de mudanças e uma época de surgimentos de novas tendências.
Os modernistas representavam um momento da arte e da cultura que foi deflagrada no ano de 1922. Iniciou-se com a Semana de Arte Moderna. O movimento se prolongou por três diferentes fases que se perpetuaram por longos anos.
1ª Fase: a Primeira Fase Modernista, também chamada de “fase heroica”, começou em 1922 e seguiu até 1930. Acabou sendo marcada pelo radicalismo, que se inspirou nas vanguardas europeias. Alguns grupos modernistas: Pau-Brasil (1924-1925), Verde-amarelismo ou Escola da Anta (1916-1929), Manifesto Regionalista (1926) e Movimento Antropófago (1928-1929)
2ª Fase: na Segunda Fase Modernista (1930-1945), também chamada de “Fase de Consolidação” o movimento passou a ser caracterizado pelo nacionalismo e regionalismo. Havia predominância da “prosa de ficção”.
3ª Fase: a Geração de 45, no contexto da Terceira Fase Modernista (1945-1980), já incluia aspectos pós-modernos. Também conhecida como “Fase Pós-Moderna”, caracterizada por rupturas entre as duas fases iniciais. Assim, acabou sendo visível que a ideia inicial difundida pelos Modernistas de 22 passou por várias modificações ao longo do tempo.
A Geração de 45 trouxe vários artistas que queria se expressar a partir de inovações na forma, nos temas e na estética. A palavra e a forma, por exemplo, estiveram no centro das obras de João Cabral e Guimarães Rosa. De forma rica, também se via elementos mais humanísticos nos textos maravilhosos de Clarice Lispector.
A prosa e poesia da Geração de 45 foram muito exploradas. Havia espaço para o modelo intimista, regional e urbano.