2. OSWALD DE ANDRADE 

Nascimento e morte – José Oswald de Sousa Andrade nasceu em São Paulo (capital), em 11 de janeiro de 1890. Faleceu em São Paulo, em 22 de outubro de 1954.

Descendência literária – Descende pelo lado materno do escritor naturalista Inglês de Sousa (autor de O Missionário).

Direito – Estudou no Ginásio de São Bento (1908) e bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em 1919.

Atividade jornalística – Dirigiu o jornal O Homem do Povo e fundou a revista O Pirralho.

Depoimento – Sobre a vida de homem de letras, ele próprio escreveu: “Literariamente, minha carreira foi tumultuosa. Pode-se dizer que se iniciou com a Semana da Arte Moderna, em 1922. Publiquei, a partir daí, Os Condenados e Memórias Sentimentais de João Miramar. Descobri o poeta Mário de Andrade (meu poeta futurista), do que muito me honro. Iniciei o movimento Pau-Brasil, que trouxe à nossa poesia e à nossa pintura a sua latitude exata. Daí passei ao movimento Antropofágico, que ofereceu ao Brasil dois presentes régios: Macunaíma, de Mário de Andrade, e Cobra Norato, de Raul Bopp. O divisor de águas de 1930 me jogou do lado esquerdo, onde me tenho conservado com inteira consciência e inteira razão.”

Liderança modernista – Foi um dos organizadores da Semana de Arte Moderna (1922) e um dos principais líderes do movimento modernista.

Pau-Brasil e Antropofagia – Posteriormente a 1922, liderou dois movimentos, o Pau-Brasil (1924/25) e o da Antropofagia (1928). O primeiro pregava a criação de uma poesia primitiva e nacionalista, fruto da união de uma cultura nativa com uma cultura intelectualizada. Sua proposta é a de unir a floresta e a escola. O segundo movimento questionava a estrutura política, econômica e cultural do País, entendida como uma herança deixada pela colonizador. Em maio de 1928, colocou em circulação o primeiro número da Revista de Antropofagia.

Trilogia – Entre 1922 e 1934, publicou a Trilogia do Exílio formada pelos romances Os Condenados (1922), Estrela de Absinto (1927) e A Escada Vermelha (1934).

Política e teatro – Paralelamente à sua intensa atividade literária, envolveu-se com o clima de radicalização política dominante no Brasil após a Revolução de 1930, ingressando no Partido Comunista Brasileiro (então Partido Comunista do Brasil – PCB). Nesse período, escreveu três peças de teatro: O Homem e o Cavalo (1934), A morta e O Rei da Vela (1937).

Melhor livro de poesias – Seu livro de poemas mais elogiado é Pau Brasil (1925), em que transforma a Carta de Caminha em poesia modernista.

Primeiro romancista do Modernismo – Tido como Inaugurador do romance modernista – Os Condenados (1922)

Obra máxima – Sua obra de maior sucesso é o romance Memórias Sentimentais de João Miramar (1927), em que faz mistura de prosa e poesia.