Por conta da Semana de Arte Moderna, várias obras acabaram sendo publicadas. Muitas revistas e manifestos, por toda a década de 1920, tomaram forma e contavam com traços do Modernismo. O valor estético, seus desencontros e facetas, até mesmo os conflitos ideológicos ficavam evidentes.
Alguns teóricos dizem que, em resumo, o Modernismo brasileiro caminhou “dividido entre a ânsia de acertar o passo com a modernidade da Segunda Revolução Industrial, de que o futurismo foi testemunho vibrante, e a certeza de que as raízes brasileiras, em particular, indígenas e negras, solicitavam um tratamento estético necessariamente primitivista”, como é o caso de Bosi.
Boa parte dos autores e artistas do Modernismo propuseram a Antropofagia: queriam deglutir a arte europeia, mas sem imitações. Não negá-la, mas produzir com traços genuínos e brasileiros. Foi assim que Oswald de Andrade declarou em seu Manifesto Antropófago, publicado em 1928, quando formulou a célebre questão: “Tupy or not tupy, that is the question. (…) Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago” (In: ITAÚ CULTURAL, 2010).
A Revista Klaxon – São Paulo
Conhecida também por Mensário de Arte Moderna, essa revista foi a primeira Modernista no Brasil, e sua circulação começou logo depois da Semana de Arte Moderna. Essa revista conteve 9 edições, sendo que sua primeira foi publicada no dia 15 de maio de 1922.
Essa revista foi inovadora em vários sentidos:
• Seu projeto gráfico era inovador;
• Seu conteúdo bem diversificado, pois nelas eram publicados os artigos e poemas de autores nacionais como Sérgio Milliet e Manuel Bandeira.
• Quanto a sua organização podemos dizer que foi muito diferente de outros jornais e revistas daquela época, pois ela não tinha um diretor, secretário e redator-chefe, ou seja, todos participaram das fases de sua produção, por isso era considerada um órgão coletivo.