A cultura persa

Na Pérsia, a população atuava na agricultura e comércio. Porém, o indivíduo era definido a partir da determinação social que nascia. A elite era composta pelo rei e família real, além de sacerdotes e nobres. Militares de alta patente e grandes latifundiários também tinham privilégios. Os comerciantes, os camponeses, artesãos e escravos também faziam parte da sociedade persa.

Diferente de outros impérios, o persa permitia que um povo conquistado mantivesse a própria autonomia cultural. O sistema de legislação também era elogiado por conta da coerência e imparcialidade.

A arte era privilegiada nos investimentos persas e acabou sendo influenciada por elementos de vários outros povos que foram objeto de conquista dos imperadores persas. Nas esculturas, o baixo-relevo era presença marcante. Espaços suntuosos da arquitetura eram observados nos palácios, como é o caso de Susa de Perséfoles. Outro elemento arquitetônico privilegiado, os famosos jardins murados de Dario.

As construções persas apresentavam um ecletismo cultural, uma vez que eram influenciadas pelos egípcios e mesopotâmicos.

As principais construções do Império Persa eram marcadas pelos detalhes em seus palácios que possuíam alicerces de pedras, vastos terraplanos, paredes de tijolos, colunas finas e elegantes com capitéis esculpidos com cabeça de touro ou de cavalo. Os muros recobertos de baixos-relevos ou ladrilhos esmaltados. O teto era forrado com madeira pintada.

Na escrita, o traço cuneiforme ou mesmo os traços da língua aramaica exerciam forte influência. O tempo era medido pelo calendário egípcio.

Duas divindades figuravam como principais elementos da religião persa: Ahura-Mazda ou Omuz-Mazda, o deus do bem acabava sendo aclamado a partir da chama eterna. Já o Arimã, deus do mal e das trevas, aparecia na representação de uma serpente. Os homens, nesse cenário, ficavam nos centros das batalhas entre o bem e o mal. Deveriam escolher um dos lados. Havia, portanto, a ideia do livre-arbítrio. A religião persa era chamada de mazdeísmo, zoroatrismo ou dualismo.

Os persas acreditavam na vida depois da morte e cultuavam a ideia de paraíso ou recompensa para os justos. O purgatório e o inferno também eram bem delimitados para quem cultuava tal religião. A ideia de que um salvador, o chamado messias, viria para salvar os justos também foi desenvolvido neste berço religioso. A ideia do salvador levaria embora a imposição eterna às agruras do existir.

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