O grande escritor brasileiro Ariano Suassuna, ocupante da Academia Brasileira de Letras, foi um dos maiores autores do país, responsável pela construção de alguns dos mais reconhecidos títulos da história nacional. Além de escritor, Ariano Vilar Suassuna também fora dramaturgo, romancista, ensaísta e poeta, participando ativamente na defesa da cultura nordestina.
Ariano faleceu este ano, no dia 23 de Julho, deixando aos brasileiros apenas a saudade de quem um dia já trouxe grandes mensagens pela identidade nordestina. Como maior parte dos autores nacionais, Suassuna deixou um extenso legado de boas histórias, consagrado pela ABL como um dos mais ativos e obstinados escritores brasileiros.
Resumo:
Quem é Ariano Suassuna?
A história do escritor começa em Nossa Senhoras das Neves, atual João Pessoa (PB), onde nasceu em 16 de Junho de 1927. Filho de Cássia Villar e João Suassuna, seu pai era um ativo político no Rio de Janeiro, que fora assassinado com a revolução de 30. Ariano passou sua vida entre estudos artísticos, assistindo peças teatrais e estimulando seu gosto pela música, desenvolvendo o tão famoso “caráter de improviso” que se tornou sua marca registrada na produção teatral.
Desde 1950, ano em que se formou na Faculdade de Direto e recebeu o Prêmio Martinas Pena pelo “Auto de João da Cruz”, Suassuna se mudou para Taperoá em função do tratamento de uma doença pulmonar. Deste ano até 1956, dedicado à advocacia e completamente devoto à atividade teatral, o grande autor realizou algumas de suas maiores obras, como “O Castigo da Soberba” (1953), “O Rico Avarento” (1954) e o “Auto da Compadecida” (1955), sua maior peça e um dos textos mais populares do teatro brasileiro.
Suassuna faleceu no Recife, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que o levou a sérios procedimentos cirúrgicos e um consequente período em coma, respirando por aparelhos.
Principais obras de Ariano Suassuna
Entre o acervo de Suassuna, podemos considerar como seus maiores e mais populares títulos obras como “Uma mulher vestida de Sol” (1947), “Os homens de barro” (1949), “Torturas de um coração” (1951), “O castigo da soberba” (1953), “O Rico Avarento” (1954), “Auto da Compadecida” (1955), “O santo e a porca” (1957), “A caseira e a Catarina” (1962) e “Fernando e Isaura” (1956), considerado inédito até 1994. Entre seus romances, podemos citar “O Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta” (1971). Entre suas obras na poesia, “O pasto incendiado” (1945-1970) e “Ode” (1955) são os favoritos.