3 livros que todo vestibulando deve ler
O ENEM deixou mais evidente uma questão importantíssima aos estudantes de todas as idades: a importância da leitura. Confira 3 indicações de livros!
Por Victor Palandi
As últimas edições do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM – deixaram mais evidente uma questão importantíssima a estudantes de todas as idades: a importância essencial da leitura, sobretudo, em fase de vestibular. Pensando nisso, decidimos investigar para trazer um levantamento sobre quais seriam os livros mais frequentemente cobrados em vestibulares pelo país inteiro. Chegamos a três nomes principais, que você não poderá deixar de ler. Quer saber quais são? Acompanhe a seguir.
Resumo:
Memórias Póstumas de Brás Cubas (1880)– Machado de Assis
Trata-se de uma biografia absolutamente atípica. Primeiro porque seu autor, já está morto; segundo, por ser uma obra ficcional; terceiro por ser visto, pela crítica especializada, como um dos maiores romances, não só de língua portuguesa, mas de todos os tempos. É preciso bastante imaginação para acompanhar as aventuras –e desventuras – desse personagem central – Brás Cubas – que é um agudo observador, não só do Rio de Janeiro de fins do século XIX, mas da alma humana e suas particularidade. Um verdadeiro tratado de filosofia, trazido para o cotidiano mais prático. Uma obra-prima – que merece ser lida por vestibulandos e por todo mundo.
Vidas Secas (1938)– Graciliano Ramos
Esse impactante romance conta a história de um casal de retirantes do Nordeste brasileiro que precisa sobreviver, em meio a um cenário desolador: o do semi-árido. Um dos mestres da literatura brasileira, Ramos se vale do discurso indireto livre, de modo a deixar o leitor em constante contato com o íntimo de seus personagens. Destaque para Baleia, um cachorrinho que é dos grandes personagens já escritos no Brasil.
Macunaíma (1928)– Mário de Andrade
Paradigma do movimento modernista brasileiro, em sua face literária, a obra apresenta um personagem que, como se diz no subtítulo do livro: não tem nenhum caráter. Texto de finíssima ironia, Macunaíma acaba sendo um grande arquétipo – envolto em toda sorte de ironias – do brasileiro típico. Preguiçoso, indolente, malicioso e feliz. É uma excelente base de reflexão sobre a visão de Andrade sobre seu povo e de como mudamos – ou não – mais de 8 décadas depois.
Não esqueça de que essas são apenas as três opções mais comuns, mas há muitas outras leituras bastante relevantes, como: Iracema, de José de Alencar; Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antonio de Almeida; O Cortiço, de Aluísio Azevedo, entre muitos outros.
Contudo, além do vestibular, é sempre bom lembrar que a leitura é algo fundamental para a vida, pois ajuda na aquisição de vocabulário, proporciona melhor repertório cultural e auxilia na formação de leitores, que, em último nível, se tornam pessoas mais capazes de realizar interpretação de textos de forma profunda e crítica. Cultive esse hábito!