O retorno ao clássico não era nostálgico. Na verdade, nenhum desses pensadores gostaria de ser medieval, pois sabiam que o valor social, a cultura e os costumes eram outros. A ideia de retornar dizia respeito aos aspectos da riqueza na arte, filosofia e ciência. Como forma de readaptá-las para o novo contexto.
A Filosofia Escolástica foi uma das escolhas para quem retornou ao clássico. Na representação de São Tomás de Aquino (1225-1274), filósofo e representante da teologia da Igreja Católica, que defendia a inteligência humana, a razão e ambas como formas de encontro com Deus. Os pensamentos de São Tomás visavam o esclarecimento e a explicação da religião baseado em princípios mais lógicos.
Para quem defendia o humanismo, tais aspectos passavam por uma vertente antirreligiosa, para que não acontecessem equívocos de interpretação. No humanismo, se relacionar com Deus era uma forma de estar no espaço natural. Ainda assim, racionalizaria tal momento nos princípios sociais, culturais, míticos ou naturais.
Com as ideias Humanistas os homens passaram a ser vistos como imagens e semelhanças de Deus. Uma medida para todas as outras criaturas. A ideia do Teocentrismo foi rompida, já que o Antropocentrismo ganhava espaço com os homens no centro.
Conceito e âmbito
O humanismo pode ser interpretado de diversas formas que podem ser distinguidas e relacionadas.
É também denominado de movimento intelectual que é caracterizado por um esforço para que houvesse renovação de espírito humano e valorização do mesmo. Esse movimento teve inicio na idade Média, na Itália. Segundo Philippe Monnier, Le Quattrocento, “O Humanismo não é apenas o gosto pela antiguidade clássica greco-latina, é o seu culto; culto que não se limita a adorar, mas esforça-se para reproduzir. Humanista não é só o homem que conhece os antigos e neles se inspira; é aquele que está de tal modo fascinado pelo seu prestigio que os copia, os imita, adota os seus modelos, os seus exemplos, os seus deuses=, o seu espírito e a sua língua.”
Se tratando desse sentido, o Humanismo pode ser considerado também um movimento cultural e literário que compõe um substrato ideológico da Renascença.