Religião romana
Por Mariana Sousa
Em Roma, a religião tem como principal traço o fato de ser politeísta. A existência de diversos deuses, com diferentes funções e caráter é o que chama a atenção de quem se envereda por estudar a religião romana.
Outros povos, especialmente da Antiguidade, também conviveram com essa realidade. NO caso do povo romano, o politeísmo acabou sendo uma incorporação de outras culturas. Havia um processo de mistura cultural vigorando naquele período.
Outra curiosidade diz respeito ao fato de os romanos terem dado nomes latinos a essas divindades. Também há diferença entre a forma dos gregos e romanos entenderem a questão dos deuses. Na cultura grega, Zeus é considerado o pai dos deuses. Já os romanos, estabelecem o nome de Júpiter para essa tão distinta função.
Veja abaixo a classificação dos deuses romanos e gregos, respectivamente.
Hera/Juno: Rainha dos deuses, protetora das mulheres, do casamento e do parto
Afrodite/Vênus: Deusa do amor
Ares/Marte: Deus da guerra
Hades/Plutão: Deus dos mortos
Poseidon/Netuno: Deus dos mares
Eros/Cupido: Deus do amor e da paixão
Apolo/Febo: Deus da poesia, da música, da beleza masculina
Ártemis/Diana: Deusa da caça, da castidade, dos animais selvagens
Deméter/Ceres: Deusa da colheita, da agricultura
Dionísio/Baco: Deus das festas, do vinho
Hermes/Mercúrio: Mensageiro dos deuses, protetor do comércio
Hefesto/Vulcano: Deus dos metais, da metalurgia, do fogo
Crono/Saturno: Deus do tempo
Héstia/Vesta: Deus do fogo eterno
Em Roma, cada deus também estava ligado ao que há de mais forte na natureza. É o caso do tempo, das colheitas e do próprio fogo. Os sentimentos também são representados por deuses: amor, beleza. Até mesmo a ação humana está sendo representada por uma divindade, como é o caso do deus da caça e da guerra.
Há os cultos familiares, mas também aqueles que ocorriam em espaços públicos. A proteção doméstica era feita pela figura do páter-famílias. O fogo sempre era representado nesses momentos. Cada deus era reconhecido por um lar ou proteção das famílias. Alimentos e animais também eram oferecidos às divindades.
Já os cultos públicos eram realizados pelo Estado. O funcionário público assumia a função de Sumo Pontífice e o Estado era responsável por controlar tais ações para que os deuses ficassem gratos e retribuíssem com o sucesso na guerra ou campanha militar.
O culto público também contava com o auxílio de um sacerdote ou sacerdotisa. Essa última, geralmente considerada um vesta, era mulher virgem de família patrícia. Mulheres que sempre carregavam o elemento da proteção. Reza a lenda que os romamos também eram conhecidos por serem muito supersticiosos, tendo seus dias fatos e nefastos, bons ou ruins. Tudo isso controlado a partir da sorte, do agouro e a depender do calendário convencional.
A expansão de Roma, o contato com outras culturas também foi modificando a estrutura dos deuses. Muitas influencias persas e egípcias foram observadas.
No final do século do último grande império romano o cristianismo passou a ser adotado como religião oficial.