Essa forma de pensamento não é recente e chegou a nós por conta dos ensinamentos do mundo antigo. É usado pela modernidade e tem Marco Túlio Cícero como um de seus pais. Cícero, para os íntimos, era um importante orador e representante da classe política da antiga Roma. Para ele, havia uma relação muito próxima entre as ações virtuosas orientadas a partir da reflexão e ponderação. Ele usava os exemplos do passado para comprovar sua tese de que a memória pode ser uma importante mestra para a vida.
Cícero é referência para diferentes tipos de pesquisadores que enxergam a história como uma importante ferramenta para ensinar aos homens da atualidade a forma mais prudente de compreender a vida.
Resumo:
Ensinamentos repassados por Aristóteles
Antes de Cícero, quem também já possuía essa perspectiva sobre a retórica foi o filósofo Aristóteles. Sobretudo nos estudos da Ética a Nicômaco e na obra Retórica, Aristóteles construiu as bases que refletem sobre esses itens de ética, virtude, argumentação e retórica. A própria tragédia grega foi usada como exemplo para que as obras aristotélicas tivessem embasamento real. Ao fim, Cícero alerta que a história tem uma função moral que precisa assentar a base de excelentes exposições.
Na atualidade, o pesquisador Felipe Charbel Teixeira comprova esse pensamento de Cícero em um de seus estudos:
“Cícero, no De Oratore (55 a. C.), alude a utilidade do relato histórico em sentença memorável e exaustivamente repetida até os nossos dias: “a história é testemunha dos séculos, luz da verdade, vida da memória, mestra da vida, mensageira do passado”. Menor atenção, porém, foi dedicada pela posteridade à pergunta que fecha a ilustre passagem: “que voz, se não a do orador, pode torná-la imortal?” (TEIXEIRA, Felipe Charbel. Uma construção de fatos e palavras: Cícero e a concepção retórica da história. Varia hist., Belo Horizonte , v. 24,n. 40, Dec. 2008. pp. 557-558).
E então, você agora já passou a refletir sobre o que o seu próprio passado lhe ensinou até hoje? Quer compartilhar conosco?