Os legados culturais do povo egípcio
Por Mariana Sousa
Foi às margens do rio Nilo, no período de 3.200 anos a.C, que surgiu a destacada civilização Egípcia, com seu esplendor e grandes obras arquitetônicas. Com a figura dos faraós e o elevado dom artístico da pintura.
Que tinham como marco a busca pela imortalidade. A necessidade de garantir que há vida depois da morte. Assim desejavam os deuses, a soberania egípcia. O esmero na arquitetura e todo o arsenal artístico serviam para glorificar eternamente os faraós.
O povo egípcio se organizou muito bem para a produção literária, médica e da matemática pura. É um legado que impressiona.
Resumo:
Legado arquitetônico
Na arquitetura, o povo do Egito primou por diferenciar-se na produção de monumentos funerários. Afinal, tratava-se dos espaços onde ficariam os faraós. A dimensão sempre chamou atenção, havia simplicidade nas formas. Tudo muito maciço e pesado. O peso sustentado por uma construção estática, preencher o vazio e usar da policromia.
Chamavam-se: pirâmides, mastabas e hipogeus. Os espaços que recebiam os mortos. Onde repousariam os espíritos que sobreviveriam com a eternidade. A mastaba, túmulo retangular em formato de trapézio. Com tijolos e blocos de pedra. Um espaço para os cultos, uma espécie de capela onde ficavam ainda as oferendas.
Já as pirâmides, preparadas especialmente para as dinastias, eram marcadas pela grandiosidade. As que mais se destacaram: Queops, Quefrem e Miquerinos. Com 148, 126 e 60 metros de altura.
Material utilizado
Você deve estar se perguntando quanto à composição, os materiais usados para tais construções. Mais do que isso, os egípcios foram gênios em dominar as técnicas da construção. A matéria-prima utilizada sempre era formada por muito basalto, diorita, granito e alguns outros mais suaves como a madeira e o calcário. O vidro, complementado com o barro também estava na ordem do dia.
As estátuas egípcias passam a ideia de serenidade, seres impassíveis, almas elevadas. O conceito de hieratismo é muito utilizado, ao apresentar condições sagradas para gestos ou estereótipos.
Na pintura, os afrescos eram muito comuns, com a chamada Lei da Frontalidade, e figuras ligeiramente distorcidas. Tudo é muito visto de frente. Imagens que desejavam ser reverenciadas, contempladas. De acordo com pesquisadores, os egípcios não eram cientistas, mas sim agregadores de ensinamentos de outros povos antigos em sua produção na área de pintura. Outra característica forte era a apresentação de cenas horizontais, gradações de luz e não apenas o claro-escuro.Havia sombras para gerar efeitos de volume.
Durante o Antigo Império, a pintura assumiu composições mais simplórias, resumidas, sóbrias. Era um aspecto de gravidade. Queria transmitir serenidade e estabilidade aos que assistissem.
Já no médio Império e especialmente no Novo Império a intenção decorativa prima pela elegância, o preciosismo, o luxo. Cria-se uma técnica chamada pontilhismo, surgem os papiros e estelas. O relevo da pintura egípcia ganha forma, valores específicos. A forma e as visões pessoais estão ali bem demarcadas.
Artesanato e criatividade
Na área artesanal, produtos com elegância e conforto bem trabalhados na madeira, marfim, metal e peças retiradas dos projetos funerárias. Assim, muitos braceletes, pulseiras, colares e anéis com matéria-prima semipreciosa.
A delicadeza, a originalidade estavam bem marcadas. As múmias recebiam suas máscaras de ouro como verdadeiros adornos. A invenção do esmalte, a partir do vidro, o uso do azulejo. Tudo ali surgindo no berço da cultura egípcia e seus grandes feitos sacerdotais e religiosos.