O movimento feminista ganhou força nos anos 1960, com a liberação sexual e com o aperfeiçoamento dos métodos contraceptivos, o que tornou o sexo algo mais fácil de desvincular do ato de procriar.
Muitas pessoas acreditam que o feminismo (como também é conhecido), surgiu naquela época. Contudo, a verdade é que para se entender o movimento, é necessário dividi-lo em três “ondas”.
A primeira teria ocorrido no século XIX e inicio do século XX. A segunda (a mais famosa) ocorreu nas décadas de 1960 e 1970. E a terceira teve inicio na década de 1990, e vem até os dias atuais.
A importância do movimento feminista é tamanha, que não haveria como medi-la em palavras, já que suas consequências proporcionaram as mais profundas mudanças de status quo da história recente da humanidade. São avanços tais como o direito ao voto, direito ao aborto, aos métodos contraceptivos, as leis de proteção à mulher, leis de contra o assedio sexual e contra o estupro. Há também os avanços nas leis trabalhistas, como a licença maternidade e a determinação de salários iguais, tanto para homens, como para mulheres que exerçam a mesma função.
A maior parte das lideranças feministas foram, no decorrer da história, constituídas por mulheres brancas de classe média da Europa Ocidental e da América do Norte (EUA). Contudo, desde a década de 1960, surgiram lideres negras e de outras etnias. Há até um braço do movimento conhecido como Feministas Negras.
Desde a década de 1980, o movimento feminista tem se aproximado de causas sociais relacionadas a outros grupos e minorias, relacionando-se com movimentos pelos direitos dos gays, dos negros e de outras minorias. Há, desde então, uma clara relação, especialmente com os movimentos que lutam contra a homofobia, em especial. O que se deve também ao fato de muitas lideranças serem lésbicas que sofreram algum tipo de preconceito, não só por ser mulher, mas também por sua orientação sexual.
Há hoje em dia, inclusive, um movimento chamado de pós-feminismo, que não é propriamente dito, um movimento antifeminista, porém é um movimento que critica especialmente as atitudes da chamada terceira “onda” feminista.
Há diversas escolas feministas, dentre as quais, uma das que mais se destaca é a do chamado feminismo francês, que tem como principal expoente ninguém menos do que Simone de Beauvoir, que com seus livros, escritos, tratados, ensaios e monografias influenciaram o movimento, não somente na França, mas em todo o mundo ocidental.
Nos dias atuais, as feministas acreditam que o foco de luta está localizado nos países subdesenvolvidos. Não que ainda não haja pelo que lutar nos países desenvolvidos, mas é que o nível de atraso de certas culturas faz com que a mulher seja tratada como cidadã de segunda classe. A questão feminina em países islâmicos, ou em países de algumas regiões africanas precisa ser revista, pois há mutilações, execuções e maus-tratos de toda a ordem.
Há também o Dia Internacional da Mulher, celebrado todo o dia 8 de março, que visa conscientizar o mundo da importância da igualdade entre os gêneros, celebrar as conquistas do movimento feminista para a maioria das mulheres do mundo, lembrar que ainda há muito pelo que lutar, especialmente nos países do Oriente e da África, além de ser uma eterna lembrança das 140 mulheres que morreram em um incêndio em uma fábrica têxtil em Nova Iorque no ano de 1911. Elas estavam lutando por melhores condições de trabalho, e foram confinadas na fábrica para morrer.