A Guerra do Golfo, que também é conhecida como Primeira Guerra do Golfo (já que a Segunda Guerra do Golfo foi a invasão americana ao Iraque em 2003), foi um conflito ocorrido entre 1990 e 1991 na região conhecida como Golfo Pérsico.
A guerra teve inicio com a invasão do Kuwait por tropas de seu vizinho Iraque. Em resposta, a comunidade internacional, liderada pelos Estados Unidos e pela Grã-Bretanha, em repúdio ao ataque, organizou uma contraofensiva em defesa do pequeno país invadido.
Esse conflito foi marcado por alguns aspectos que acabariam por pautar a cobertura desse tipo de evento daí por diante. A principal delas foi a entrada ao vivo de imagens direto das zonas de conflito e também da intervenção de correspondentes que falavam diretamente do front. Esses foram aspectos que acabaram por se tornar padrão na cobertura jornalística de conflitos desde então.
Devido aos avanços tecnológicos, essa guerra também ficou conhecida como a “guerra do videogame”, já que era comum ver imagens transmitidas a bordo dos bombardeiros americanos durante a operação que ficou conhecida como Tempestade no Deserto.
A guerra ocorreu devido acusações por parte do então presidente iraquiano Saddam Hussein, que dizia que o Kuwait causava a queda no preço do petróleo. Isso fez com que fossem revividas antigas questões territoriais, e Saddam exigiu do governo do pequeno país vizinho pesadas indenizações.
O Kuwait não cedeu às pressões iraquianas, e acabou por ser invadido por forças enviadas por Saddam, que pretendia controlar os campos petrolíferos da pequena nação vizinha.
Isso mobilizou a comunidade internacional, sendo que primeiro a ONU realizou uma série de sanções econômicas ao Iraque e tentou conduzir a situação de modo diplomático. No entanto, o Iraque se manteve irredutível em sua decisão de anexar o Kuwait. Isso fez com que em 17 de janeiro de 1991, as forças de coalizão, lideradas pelos Estados Unidos, dessem inicio a um intenso ataque aéreo ao Iraque.
Com o desenrolar do conflito, as diferenças entre o poderio empregado pelo Ocidente, especialmente pelos Estados Unidos e as forças iraquianas ficavam cada vez mais evidentes. Em pouco tempo (cerca de um mês e meio), Saddam Hussein se viu isolado e totalmente derrotado.
A Guerra do Golfo teve um saldo de poucas mortes, se levarmos em conta os números de conflitos anteriores: do lado da coalizão internacional, houve 248 mortos em combate, ao passo que do lado iraquiano, houve um número muito maior, sendo estimado em mais 25 mil. Entre os feridos, foram 776 no lado da coalizão e mais de 75 mil pelo lado iraquiano.
Esses números considerados baixos de vítimas que perderam a vida do lado da coalizão durante o conflito se deve em muito ao avanço tecnológico, que permitiu efetuar ataques sem uso de um grande número de soldados, e muitos bombardeios foram feitos a uma distância muito grande.
O Iraque aceitou em partes, a sua derrota, porém não aceitou entregar seu armamento químico e biológico, o que viria a se tornar um dos principais motivos para a Segunda Guerra do Golfo, ocorrida em 2003, quando os Estados Unidos decidiram invadir o Iraque.