Durante a segunda metade do século XIX, houve um crescimento excessivo da industrialização, os mercados consumidores disputavam os produtos industrializados, e os países que estavam passando por esta Revolução Industrial matéria-prima e investidores de capitais para novos projetos.

Este foi o principal motivo para que as grandes potências européias começassem a explorar as terras dos continentes Asiático e Africano, acelerando a expansão neocolonialista do século XIX.

A partilha Afro-Asiática

Durante o século XIX, havia muitos territórios da Ásia e da África desconhecidos. Países europeus como Portugal e Espanha não tinham condições de explorar as terras desses continentes, e se colonizavam apenas terras da América.

Nessa época, outras potências européias surgiram como a Inglaterra, França, Alemanha, Itália, Bélgica, que em termos econômicos eram mais favorecidas que Portugal e Espanha. Por isso, tais potências efetivaram a conquista e a partilha dos territórios asiáticos e africanos.

Mecanismo de partilha colonial

O processo de colonização teve início em 1830 pela França que começou a corrida para a conquista da África, que foi concluída em 1857. Mais tarde, em 1876, foi a Bélgica de Leopoldo II que incitou a colonização, reunindo em Bruxelas um congresso de presidentes de sociedades geográficas, com o intuito de difundir a civilização ocidental; mas na verdade, Leopoldo II tinha interesses espoliativos. Foi organizada a Associação Internacional Africana, que mais tarde se tornou em Comitê de Estudos do Alto Congo, que iniciaria a exploração e a conquista do Congo Africano.

A ocupação foi rápida. A França conquistou a Argélia, Tunísia, África Equatorial Francesa, Costa da Somália, Madagáscar. A Inglaterra ocupou a Rodésia, União Sul-Africana, Nigéria, Costa do Ouro, Serra Leoa. A Alemanha ficou com Camerum, África Sudoeste e África Oriental Alemã. A Espanha adquiriu Marrocos Espanhol, Rio do Ouro, Guiné Espanhola. E Portugal ocupou Moçambique, Angola, Guiné Portuguesa.

Penetração européia na Ásia

Até o século XIX, a Ásia era um continente isolado. A partir deste século, a situação do continente asiático mudou completamente. Os países do Ocidente começaram a ocupar os territórios asiáticos e a realizar a partilha.

O mercado asiático abriu-se para os produtos ocidentais graças aos investimentos em ferrovias.

A Rússia tinha grande interesse pela expansão territorial da Ásia, pois era um continente bem próximo de suas terras. Entrou em conflito com a Inglaterra na Ásia Central, e com o Japão na Manchúria.

Em 1763, houve a ocupação inglesa na Índia, que até então estava sob o domínio da França.

Em 1858, os soldados indianos, chamados cipaios, recrutados pela Companhia das Índias Orientais, se revoltaram contra os ingleses. Os cipaios, formavam um exército bem mais numeroso que os oficiais britânicos presentes na Índia. A revolução resultou no extermínio de muitos britânicos.

Rapidamente, os ingleses armaram uma perseguição violenta contra os cipaios, com o apoio dos príncipes locais. Assim, os britânicos conseguiram acabar com a Companhia Britânica das Índias Orientais, e integrar a Índia no Império Britânico.

A conquista de Hong Kong, Xangai e Nanquim, na China, ocorreram a partir da guerra do Ópio (1840 – 1842), motivada pelo fato da China proibir a importação de ópio, além de apreender e destruir mais de 20 mil caixas do produto, pertencentes à súditos ingleses.

A invasão da China provocou uma revolta por parte de uma associação secreta, conhecida como Sociedade dos Boxers, presente no norte do país, promovendo rebeliões e atentados contra estrangeiros residentes na China.

As potencias européias organizaram uma expedição em conjunto para combater o movimento, dando início à Guerra dos Boxers, que resultou na dominação da China pelas potências ocidentais.


Caricatura da partilha da China entre as potências imperialistas