Muitos falam do Império Romano como sendo um dos maiores que o mundo já viu, mas quase sempre, por sermos ocidentais, acabamos por nos esquecer da grandiosidade de outro império que teve grande influência no mundo como um todo: o Império Otomano.
Resumo:
O início do Império Otomano
O Império Otomano (também conhecido por Império Turco-Otomano) existiu de 1299 até 1922, e teve sua origem na região da Anatólia, pelas mãos de algumas tribos oguzes que habitavam aquela região.
O nome Otomano deriva dos seus governantes, que formavam a Dinastia Otomana, que tem suas origens em Osman, que era filho do fundador do império, Ertughrul. Osman em árabe é Uthman, ou simplesmente Otman. Daí o nome Otomano.
O auge do Império Otomano
No auge de sua dominação, o Império Otomano possuía um território de 5000 000 km², chegando até o Estreito de Gibraltar em sua porção oeste e indo até às margens do Mar Cáspio e do Golfo Pérsico em sua porção leste. Ao norte, o Império Otomano esbarrava na região onde hoje ficam a Áustria e a Eslovênia modernas, e ao sul, seu território fazia fronteira com a região onde atualmente ficam o Sudão e o Iêmen.
A capital do Império Otomano era a maravilhosa e cosmopolita cidade de Constantinopla, que já recebera o nome de Bizâncio e que atualmente se chama Istambul, capital da atual Turquia.
A queda de Constantinopla do decadente Império Bizantino (também conhecido como Império Romano do Oriente) se deu em 29 de maio de 1453, e é considerado um marco na História da humanidade, já que lá residiam os vestígios do gigantesco e outrora poderosos Império Romano.
Esse evento também marcou o ponto alto da trajetória do Império Otomano, que estava em franca ascensão desde 1299.
Após o auge, crescimento e estagnação do Império Otomano
O Império Otomano atingiu seu auge com a tomada de Constantinopla em 1453, mas viu seu crescimento aumentar ainda mais nos anos subsequentes, atingindo diversos territórios da Europa daquela época, tornando o império ainda mais importante, temido e respeitado.
No entanto, depois desse crescimento, um período de estagnação acabou por pairar sobre o Império Otomano. Esse período se deu de 1699 até 1822, e foi marcado também por uma série de reformas estruturais importantes, mas que em longo prazo, acabaram por se mostrar equivocadas.
Os otomanos foram marcadamente conhecidos por suas contribuições para o avanço das ciências e para o avanço da tecnologia, já que foram criadas muitas instituições de ensino importantes, que aliavam os conhecimentos matemáticos e filosóficos islâmicos aos conhecimentos de outras culturas do oriente, como a chinesa, com a pólvora e a bússola, por exemplo.
No entanto, no período da estagnação, as reformas conservadoras acabaram por lançar o Império Otomano no atraso e nas trevas.
O declínio do Império Otomano
No período subsequente, o Império Otomano já começa a dar mostras de declínio, o que acabou por se consumar durante os eventos próximos à Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Nesse conflito, o império acabou por se aliar à Alemanha contra um inimigo em comum: a Rússia.
Com a derrota da Tríplice Aliança (Reino da Itália, Império Alemão e Império Austro-Húngaro), o Império Otomano, que era um dos aliados, acabou por ser dissolvido em diversos territórios menores.
Em 1922, finalmente chegou ao fim, de modo decadente, exatamente como ocorrido com o Império Romano.