História da Síria
Por Victor Palandi
A Síria na Antiguidade foi uma região ocupada por diversos povos, e com o decorrer da história seu território foi dividido pelos impérios Persa, Macedônio e Romano. Sua região chegou a incluir também a Mesopotâmia (atual Iraque) e o Líbano.
Denominada como Síria desde a antiguidade, a região foi ocupada pelos canaanitas, fenícios, arameus, hebreus, egípsios, sumérios, assírios, babilônios, hititas, persas, gregos e bizantinos. Por volta de 1000 a. C. fora dividida entre os Estados de Gesur, Zobá, Arã e Damasco.
Em 990 a. C. sob a liderança de Damasco os sírios se uniram e formaram uma grande nação. Quando Alexandre, o Grande morreu em 323 a. C. a região deixou de fazer parte do vasto Império do conquistador e passou a ser chefiada por Seleuco, anteriormente general de Alexandre, passando a se chamar Império Selêucida, por ser o centro da região controlada por Seleuco; posteriormente acabou se tornando província do Império Romano.
Resumo:
Império Otomano e influência francesa
Em 1831 a região era dominada pelo quediva egípcio Mehemet Ali, o que causara revolta popular e união entre cristãos e muçulmanos. Nisso que a França instalou tropas na área, com a premissa de defender as sociedades cristãs que sofriam de repressão à época.
Domínio Francês
O Império Otomano caiu durante a Primeira Guerra Mundial e a França passou a administrar a Síria. Paris e Londres tinham um acordo de dividir entre si o crescente fértil, ficando sob controle de Londres a Palestina, a Jordânia e o Iraque, e sob o controle de Paris a Síria e o Líbano. O controle militar francês aconteceu em 1920, e posterior a isso a Síria foi novamente dividida, em cinco Estados diferentes: Grande Líbano, Damasco, Alepo, Djabal Druza e Alawis ou Lataquia.
O domínio francês teve fim em 1946, quando, devido a conflitos entre a Síria e o Líbano causados pela França, fizeram a ONU determinar o fim do domínio francês na região forçando o país a retirar suas tropas de lá.
Em 1970 o general Hafez al-Assad assume o poder da Síria e introduz reformas econômicas e sociais. A região desde então passa por tentativas de unificação com outros países e por conflitos internos e externos. Em 2000, com a morte de Hafez al-Assad, seu filho chegou ao poder, Bashar al-Assad.
Guerra Civil
A Guerra Civil Síria teve início em 2011 com uma série de protestos internos contra o presidente Bashar al-Assad e pró-democracia. A resposta violenta do governo acabou resultando à revolta armada da resistência que culminou na expulsão das forças de segurança de áreas locais. Com isso se formaram brigadas de rebeldes enfrentando as tropas do governo, resultando numa guerra civil.
O conflito cresceu e deixou de ser uma simples questão de apoiar ou não o presidente Bashar al-Assad, tomando contextos religiosos, a maioria sunita contra a minoria xiita alauíta e envolvendo países vizinhos e as potências ocidentais.
Desde março de 2011 a ONU, investiga no local os crimes de guerra envolvendo assassinato, estupro, tortura, sequestro e outros. A população civil está sujeita a imposições dos dois lados da guerra, sofrendo com bloqueio de acesso à serviços médicos, ou mesmo à água e alimentação.