Neste dia 1º de abril de 2015, além do Dia da Mentira, também é lembrado no Brasil, o Golpe Militar de 1964, que neste ano completa nada menos do que 51 anos de História, e que nos convida a uma reflexão sobre o momento atual do país.
Com o Golpe Militar de 1964, o Brasil entrou no período que ficou conhecido como a Ditadura Militar, que durou de 1964 até 1985, e que colocou o poder nas mãos de generais que temiam que o país caminhasse para o lado dos comunistas.
Para muitos, foram 20 anos perdidos na escuridão dos chamados “anos de chumbo”, ao passo que para poucos, foi um período em que o país não apresentava índices de corrupção tão grandiosos como os de atualmente.
Resumo:
Muito além dos militares
Apesar de ser considerado por muitos como sendo um Golpe Militar, o fato é que o movimento que culminou com o início da Ditadura Militar não foi, de acordo com pesquisas feitas pela historiografia nacional, estritamente militar.
O mais correto, segundo boa parte dos historiadores que se debruçaram sobre os eventos que acabaram por nos levar ao Golpe de Estado de 1964, é chamar de movimento civil-militar, já que houve participação decisiva de alguns setores importantes da sociedade civil.
Dentre os setores importantes da sociedade civil que participaram dos eventos e que apoiaram o Golpe Militar de 1964 estão o setor anticomunista da Igreja Católica (que era a maioria na época), a chamada burguesia industrial paulista, grandes latifundiários e muito mais.
Reflexos
Apesar de a grande maioria da população brasileira ter vivido os anos de Ditadura Militar meio que anestesiada, sem tomar partido e apenas “dançando conforme a música”, o fato é que alguns grupos decidiram lutar.
Movimentos estudantis e sindicais se uniram para pegar em armas e tentar lutar com todas as suas forças e com os recursos disponíveis, numa tentativa de derrubar o governo militar e instaurar por aqui algo nos mesmos moldes do regime cubano, com forte viés socialista.
Estes cidadãos idealistas que lutaram, acabaram sendo torturados, mortos ou desaparecidos, em sua maioria, mas muitos também conseguiram se salvar e acabaram ingressando na vida política pós-regime, como a atual presidente Dilma, por exemplo.
A verdade é que uma das coisas que merecem reflexão, tanto para quem acredita que o período foi apenas terrível, quanto para quem possa acreditar que houve algum tipo de avanço durante esta época é a seguinte: uma revolução socialista no Brasil possivelmente não teria sido o caminho correto, mas com certeza ter passado 20 anos entregues ao atraso também não foi. Por sorte, hoje podemos decidir quais rumos tomar.