A Conferência de Bandung, ocorrida entre 18 e 24 de Abril de 1955, foi uma grande reunião internacional que tinha como principal objetivo mapear o futuro da força política global, planejando manter uma política de cooperação econômica e cultural entre a Ásia e a África, se opondo ao colonialismo ou neocolonialismo realizado por parte dos Estados Unidos e da União Soviética. A reunião foi patrocinada pela Indonésia, Índia, Birmânia, Ceilão e pelo Paquistão.
Resumo:
Participantes da Conferência
Entre os países que participaram da conferência, encontram-se 15 nomes asiáticos, oito do Oriente Médio e apenas seis da África, que são: Afeganistão, Birmânia, Camboja, Ceilão, República Popular da China, Filipinas, Índia, Indonésia, Japão, Laos, Nepal, Paquistão, República Democrática do Vietnã, Vietnã do Sul, Tailândia, Arábia Saudita, Iêmen, Irã, Iraque, Jordânia, Líbano, Síria, Turquia, Gana, Etiópia, Egito, Líbia, Libéria e Sudão. Essa participação relaciona o fato de grande parte do continente africano ainda ser parte de colônias europeias, contando com baixa presença de suas delegações, mas mesmo nesta condição, os poucos países que representavam seu continente, mesmo com condições econômicas diferenciadas, tinham muito a dizer na reunião.
Proposta da reunião
O objetivo da Conferência de Bandung era relacionar a criação de um tribunal de descolonização, que seria responsável pelo julgamento de atores de práticas de politicas imperialistas, considerando que seriam consideradas crimes contra a humanidade a partir do veto de países centrais. Essa postura diplomática e geopolítica confrontava as Grandes Potências, reunindo chefes de Estado com propostas variadas dentro do mesmo rumo de decisão política. Bandung estimava um conflito diplomático, longe do contexto violento da Guerra Fria.
Os dez princípios da Conferência
Os delegados da Bandung relacionavam dez pontos de promoção da paz e cooperação mundial, baseando-se na Carta das Nações Unidas. Entre os pontos, foram estabelecidos os seguintes princípios: Respeito aos direitos fundamentais, respeito à soberania e integridade territorial de todas as nações, reconhecimento da igualdade de todas as raças e nações, não-intervenção e não-ingerência nos assuntos internos de outros país (ou a autodeterminação dos povos), respeito pelo direito de defesa coletiva e individual de cada nação, recusa na participação de preparativos da defesa coletiva que prometiam servir aos interesses particulares das superpotências, abstenção de atos ou ameaça de agressão contra a integridade territorial ou a independência política de outro país, solução de conflitos internacionais por meios pacíficos, estímulo ao interesse mútuo de cooperação e respeito pela justiça e pelas obrigações internacionais.