O Bolsa Família é um programa social do Governo Federal que sempre divide opiniões. Criado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2003, também já foi considerado modelo de combate à miséria e exclusão tendo recebido congratulações internacionais.
Do outro lado, muitos questionam a eficácia do programa por considerar que ele pode gerar dependência das famílias assistidas.
Resumo:
Como funciona?
O programa Bolsa Família funciona em regime de transferência de renda para famílias pobres ou com extrema pobreza. Ele foi criado em 2003, mas unificou outros programas sociais criados pelos governos anteriores.
As famílias que possuem renda de R$ 70 e R$ 140 recebem o benefício, que em média é de R$ 150. Para manter esse auxílio, precisam manter os filhos na escola. A presidente Dilma Rousseff ampliou o programa, incluindo aqueles que estão em situação de extrema pobreza e cuja renda é menor que R$ 70 ao mês.
Mais de 13 milhões de famílias são atendidas pelo programa, que gera uma média de despesa de R$ 24 bilhões por ano.
O maior controle da inflação somado às melhorias econômicas do país fizeram que com que o índice de pobreza brasileiro fosse reduzido. O Bolsa Família também é apontado como um elemento redutor dessas desigualdades.
Em que pesem essas melhorias, o Brasil ainda continua como um dos países mais desiguais do planeta, com uma distribuição de renda que favorece os mais ricos.
O programa Bolsa Família gerou impactos na economia, pois levou muitos brasileiros ao patamar de consumo. Essa também é uma realidade apontada como positiva pelo governo, que viu nesse crescimento do consumo uma possibilidade de aquecer o mercado interno do país.
Quem polemiza sobre esse programa social aponta que é preciso conquistar ganhos na educação. Fortalecer os mecanismos de evasão escolar, fazer com o que o país reduza drasticamente as taxas de analfabetismo e ampliar os investimentos em educação. Quem é favorável ao Bolsa Família aponta que ele permitiu a retirada das crianças do mercado de trabalho que impunha graves riscos àqueles menores.
Como lidar com a dependência dessas famílias?
Esse caráter assistencialista do programa tem sido bastante criticado por políticos de oposição aos governos Lula e Dilma.
O Brasil parece ter dado um importante passo na redução da miséria e pobreza, mas precisa assumir novas formas de fazer com essas famílias possam também construir suas próprias histórias. Os investimentos em educação, que também passam pela valorização dos professores, são outros caminhos para que a pobreza e a miséria definitivamente possam ser retiradas do contexto dessas milhões de famílias.
Com a proximidade da eleição para presidente em 2014 o assunto voltará ao debate dos partidos e candidatos. A população precisa ficar atenta às novas propostas e alternativas para o combate à miséria e exclusão que tanto mal fazem a muitos brasileiros em todo o nosso território.