A Independência do Brasil
Por Redação
, atualizado em
O Brasil ganhou sua independência no dia 7 de setembro de 1822. Essa data foi marcada pelo grito do Ipiranga, que foi quando D. Pedro gritou nas margens do riacho Ipiranga: “ Independência ou Morte”.
Com a independência, a colônia do Brasil se separou da metrópole portuguesa.
Logo após a independência, deu-se inicio a uma grande crise no sistema colonial, que foi até a conquista da primeira Constituição brasileira, no ano de 1824.
Com todo esse processo, as pressões internas e externas foram aumentando contra o livre-comércio e o monopólio português.
Por volta de 1820 os ventos da liberdade sopravam na América do Sul. Muitas colônias espanholas tinham ficado independentes.
As que não tinham independência estavam lutando por ela.
No Brasil, a situação também estava agitada. Em 1817 houve uma revolta na região nordeste. A independência era um dos seus objetivos. Ela foi derrotada, mas o sonho de liberdade permaneceu vivo.
Resumo:
Os Movimentos de Pré Independência
Conforme o declínio colonial brasileiro ia se acentuando, aumentava o descontentamento da população colonial em relação à Metrópole. Assim, surgiram revoltas que pretendiam a independência. Estas revoltas tiveram maior ou menor participação da população, conforme o caso. Todas elas, no entanto, foram lideradas por elementos da camada média da população, que adotavam a ideologia liberal e não obtiveram apoio da classe dominante.
No que se referem à ideologia, os movimentos de pré- independência tiveram uma característica importante. O liberalismo por eles adotados tinha surgido na Europa como conseqüência da desagregação do Antigo regime. Era, portanto uma ideologia revolucionária e que representava basicamente os interesses da burguesia industrial. Adotado no Brasil, o liberalismo passava a ter um aspecto contraditório: o de uma Ideologia burguesa num país que não possuía burguesia.
Daí decorrem as limitações que as idéias liberais sempre tiveram entre nós: adotadas como teoria, raramente podiam ser aplicadas na prática. E quando o eram – sob a forma de um liberalismo de fachada – acabavam por beneficiar mais às potências européias do que ao Brasil.
O Brasil e as Cortes Portuguesas
Em 1820 a burguesia portuguesa da cidade do Porto, com o apoio dos camponeses , das baixas camadas sociais urbanas, das tropas e dos funcionários públicos, liderou uma revolução em Portugal: A Revolução Liberal do Porto.
Os rebeldes pretendiam salvar Portugal de sua tradicional crise econômica, tirar o povo da miséria em que vivia – principalmente depois da fuga do governo português para o Brasil, e que deixara Portugal submetido ao domínio político de militares ingleses – fazer uma nova Constituição para o país e recolonizar o Brasil .
A recolonização do Brasil era uma tentativa de recuperação econômica de Portugal, na medida em que recolonizar significava restabelecer o pacto colonial e, portanto, restabelecer a dominação da economia da colônia pela metrópole.
Vitoriosos, os rebeldes organizaram as Cortes Portuguesas_ assembléias que se reuniam em momentos importantes para tomar decisões _ e exigiram a volta de D. João VI .
Hino da Independência do Brasil
Já podeis, da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá… temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil…
Houve mão mais poderosa:
Zombou deles o Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá… temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá… temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Parabéns, ó brasileiro,
Já, com garbo varonil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá… temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.